O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, afirmou que a esquerda dominou o sistema de ensino brasileiro e que o resultado disso é a implementação de conceitos de desconstrução da família e sexualização precoce das crianças.
Na entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, Ribeiro admitiu que se vive uma guerra cultural e ideológica, e que sua missão, atribuída pelo presidente Jair Bolsonaro, é cuidar melhor das crianças, reforçando o ensino básico para que o país deixe de passar “vergonha” em programas de avaliação, como o PISA, por exemplo.
O jornalista Victor Brown questionou: “O senhor acha que existe uma guerra ideológica a ser travada na Educação, não só universidades, mas em outras instâncias do ensino também? […] Existe mesmo uma doutrina de esquerda dominante que precisa ser combatida?”.
“Eu não preciso nem responder para você. Todos nós sabemos que existe”, respondeu o ministro da Educação. “Nesse ponto, a esquerda brasileira foi muito mais sábia, estrategicamente. Ela teve oportunidade e fez isso com – vamos concordar – com uma certa maestria. Então, ela foi ao coração dos jovens, das crianças até mesmo, tentar introduzir valores que ela sabia que não poderia introduzir de outra forma”, acrescentou.
Ribeiro, pastor presbiteriano, destacou que o cenário não está perdido: “É possível que a gente, com uma gestão proativa em termos de valores mesmo, a gente consegue resgatar. Talvez não seja eu que faça isso, mas eu quero lançar as sementes. Então, eu não tenho dúvidas [da doutrinação]. Eu vejo, vi pelo material didático”, explicou.
“Por exemplo, para uma criança, se manda um livro didático dizendo […] que o pai dela é explorado pelo patrão, isso aí é uma ideia de que o patrão é ruim e o trabalhador que é bom, coisas assim, pequenas, mas eu vejo e a gente vê pela internet, um adolescente que é capaz de colocar uma camisinha perfeitamente, mas não sabe fazer uma regra de três, não tem habilidade para isso”, exemplificou Milton Ribeiro.
Uma das preocupações é a influência que esse tipo de ênfase no ensino causa na forma como os alunos passam a ver a família: “É uma desconstrução familiar. Isso eu vejo de uma maneira muito nítida, mas a gente tem que andar na legalidade, a gente não pode chegar e tentar arrombar a porta da universidade pela sua autonomia, mas a gente vai conversando, instruindo. Eu creio que é possível, num futuro médio, reverter esse quadro na educação brasileira”, concluiu.