O sequestro de adolescentes para casamento forçado com muçulmanos ainda é uma triste realidade no mundo islâmico, precisamente em países como a República Islâmica do Paquistão. Felizmente, algumas decisões têm favorecido às vítimas desse tipo de abuso.
Este é o caso de uma adolescente de 13 anos chamada Arzoo Raja, que foi sequestrada no dia 13 de outubro passado pelo próprio vizinho muçulmano, identificado como Ali Azhar.
Após os pais da jovem prestarem queixa na polícia, o muçulmano alegou que a menina teria se convertido ao islã e que seria maior de 18 anos, o que foi desmentido pela família da adolescente.
“No dia 15 de outubro, fomos chamados à delegacia, onde nos mostraram documentos que afirmavam que Arzoo tinha 18 anos e se converteu voluntariamente ao islamismo após se casar com Ali Azhar”, disse o pai na época, explicando que o sequestrador apresentou documentos falsos da sua filha para as autoridades.
O advogado da família, chamado Noor Naz, entrou com um recurso na Justiça para revogar o casamento forçado em que a jovem foi submetida. Ele pediu ao Tribunal que os envolvidos no caso, “incluindo o clérigo que assinou a conversão islâmica e as certidões de casamento da menina cristã menor, fossem presos e julgados por seu crime.”
Vitória na Justiça
A decisão sobre o casamento forçado de Arzoo Raja finalmente saiu e ela obteve a tão aguardada vitória. O tribunal superior na província de Sindh decidiu pela anulação da união com o muçulmano.
Os juízes deram à cristã de apenas 13 anos o direito de escolher onde gostaria de morar, se com os seus pais ou em um abrigo. Provavelmente devido aos riscos de represálias envolvendo a sua família, ela acabou retornando ao abrigo para mulheres, onde poderá estudar e ter proteção.
O tribunal, contudo, ainda não julgou sobre a questão da suposta conversão de Arzoo ao islã. A sua família o o seu advogado, Ramzan Tabassum, agora esperam ansiosamente por mais essa vitória, segundo informações do Morning Star News.