Um criminoso condenado à morte por um crime cometido em 1987 foi executado no último dia 20 de março, no estado norte-americano da Flórida. Antes da sentença ser aplicada, Robert Henry, 55 anos, admitiu a culpa, pediu perdão e afirmou que havia aceitado Jesus como seu Salvador.
Henry havia sido julgado e condenado por espancar e queimar duas colegas de trabalho, Janet Cox e Thermidor Phyllis Harris. Durante as investigações, disse que cometeu o crime num surto de “psicose induzido por cocaína”.
O crime deixou os investigadores chocados com a brutalidade que Henry causou a morte das vítimas. Um dos policiais precisou buscar ajuda psicológica para superar o que ele havia presenciado.
Uma das vítimas foi espancada e depois queimada até morrer, porém a segunda mulher ainda agonizava quando os bombeiros atenderam a ocorrência. Antes de morrer, ela identificou o criminoso.
27 anos depois e já no corredor da morte – literalmente, o arrependido Robert Henry pediu perdão “de coração” às famílias das vítimas e disse que lamentava “sinceramente” o que havia feito: “Eu aceitei Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador e de bom grado estou perdendo essa vida, pois eu terei uma vida melhor que Ele oferece”, disse o condenado, pouco antes de receber a injeção letal.
Deitado, Henry fechou os olhos e por um tempo, quando ainda estava consciente, moveu os lábios, aparentemente fazendo uma oração elevada a Deus. Então, lentamente, sua respiração foi parando até que o óbito foi declarado.
O caso foi uma oportunidade para que os contrários à pena de morte protestassem novamente. “Esperamos que em um futuro não muito distante, esta sociedade possa evoluir em lei, e, da mesma forma que eles se sentem desconfortáveis com castrar um estuprador ou com [as penas usadas em países islâmicos que] cortam as mãos dos ladrões, passem a pensar sobre o porquê de matar assassinos”, disseram os ativistas.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+