Após a divulgação de que ao menos três das supostas vítimas de estupro de Marcos Pereira seriam menores de idade, deputados federais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes apresentaram e aprovaram requerimento para colher depoimento do pastor.
O líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) é acusado de estuprar fiéis da denominação, e está preso preventivamente em Bangu 2.
A CPI é presidida por Erika Kokay (PT-DF), e a viagem para colher o depoimento do pastor foi autorizada a partir de um requerimento da deputada. Na ocasião, o delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Márcio Mendonça, também deverá prestar depoimentos aos deputados, segundo informações do Jornal do Brasil.
“Já investigamos há mais de um ano diversos casos de abusos sexuais contra menores em todo o país. Dados sobre a investigação do caso do pastor podem ajudar a esclarecer outros casos de abusos em todo o país e não podem ficar fora do relatório que será produzido ao final da CPI”, justificou o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).
O depoimento de Marcos Pereira à CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes ainda não tem data agendada, mas deverá ocorrer no início do mês de junho.
Injúria e difamação
O irmão de Marcos Pereira, pastor Allan Pereira, prestou depoimento ao delegado Delmir Gouvea, titular da 64ª Delegacia de Polícia, no inquérito em que é acusado de injúria e difamação.
Allan negou que tenha ofendido no Facebook as mulheres apontadas pela investigação da DCOD como vítimas de estupro do pastor Marcos Pereira.
Além das duas mulheres mencionadas na página de Allan Pereira, o delegado Márcio Mendonça, responsável pela prisão de Marcos Pereira, também foi citado como “delegado do diabo” e registrou queixa na mesma delegacia contra o pastor irmão do líder da ADUD.
“Inicialmente ele negou o fato, embora estejam impressos no Facebook dele”, resumiu o delegado Delmir Gouvea.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+