Quando o assunto é radicalismo islâmico, parece não haver barreira ética capaz de impedir atrocidades, mesmo quando crianças estão envolvidas. No norte de Camarões, na África, uma criança cristã de apenas 12 anos foi assassinada, segundo informações locais, por se recursar a servir como soldado no grupo terrorista Boko Haram.
Os militantes do Boko Haram invadiram a comunidade onde a criança morava com a sua mãe, localizada no distrito de Tourou, no dia 19 de novembro passado. Eles não apenas saquearam a residência e destruíram pertences, como tentaram sequestrar o menino para transformá-lo em um militante radical islâmico.
A criança cristã resistiu e terminou sendo assassinada. Segundo informações da organização Barnabás Fund, uma das famas do Boko Haram é o sequestro de meninos para suas fileiras, o que levou os locais a acreditarem que o garoto estava ciente do seu destino e por isso lutou para não ser levado, sendo morto por isso.
Sequestro de crianças pelo Boko Haram
O sequestro de crianças pelo Boko Haram é uma realidade que já foi confirmada pela organização missionária Portas Abertas. Algumas são usadas como “crianças-bomba” para a realização de atentados contra os inimigos da jihad islâmica.
“Em 17 de junho, duas garotas e um menino entraram em um salão de chá no norte da Nigéria . Eles estavam vestindo coletes suicidas. Quando os coletes foram detonados, pelo menos 30 pessoas morreram na explosão”, informou a Portas Abertas em um artigo publicado na época.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também já reconheceu o sequestro de crianças pelo Boko Haram. Em um relatório publicado este ano, a entidade estima que 8.000 menores já cometeram suicídio contra os alvo do grupo terrorista radical.
“Alguns tiveram suas aldeias atacadas. Outras tiveram suas casas destruídas, seu pais mortos, mães ou irmãos sequestrados, suas igrejas incendiadas. Suas vidas mudaram para sempre de uma forma ou de outra”, escreveu Robert Kenna, colunista da Portas Abertas.