Um garoto de apenas 8 anos chamado Dalo comoveu os missionários de uma organização que presta auxílio para os cristãos refugiados da perseguição religiosa na Nigéria. Após perder toda a sua família em um atentado, a criança continuou firme na sua fé em Cristo, orando não apenas por sua vida, mas também pelos terroristas que assassinaram seus parentes.
Cerca de 500 jihadistas da etnia Fulani atacaram os territórios de Barkin Ladi e Jos do Sul, no estado de Plateau, na Nigéria, matando pelo menos 200 cristãos entre os dias 23 e 24 de junho.
A etnia Fulani é composta por proprietários de terras agrícolas adeptos do islamismo, que estão cada vez mais utilizando o radicalismo da fé para se voltar contra os cristãos e expulsá-los das suas regiões, saqueando, queimando propriedades e matando quem encontram pelo caminho.
Dalo foi um sobrevivendo desses ataques. Ele foi encontrado por missionários da organização a Voz dos Mártires, que foi ao hospital para incentivar e ajudar os sobreviventes.
“A enfermeira do Dalo disse que ele chegou no hospital orando e continuou em oração. Dalo está orando para que Deus venha curá-lo e está orando pelos outros feridos nos ataques também”, disse a organização, destacando que “Dalo também está pedindo a Deus para perdoar seus agressores”.
O testemunho de misericórdia e amor do pequeno cristão contrasta absurdamente com a postura maligna dos integrantes do grupo Fulani.
Ainda segundo a Voz dos Mártires, eles desejam o confronto e prometeram novos ataques contra os cristãos que, supostamente, “levantam suas vozes contra nós e contra Alá”.
“Nossos homens estão esperando. Estamos ansiosos para lutar”, declarou o grupo Fulani, responsável pela fuga de ao menos 1.300 cristãos das suas casas, com medo de serem mortos, incluindo mulheres e crianças.
“O que está acontecendo no estado de Plateau e outros estados na Nigéria é puro genocídio e deve ser interrompido imediatamente”, declarou em nota a Associação Cristã da Nigéria.