A perseguição religiosa aos cristãos que vivem na Síria ganhou capítulos de horror e barbárie na semana passada, quando uma mulher de 60 anos, seguidora de Jesus Cristo, foi estuprada por nove horas consecutivas e depois apedrejada até a morte por militantes muçulmanos.
Suzan Der Kirkour era jardineira e professora de árabe, membro de uma igreja cristã local, na província de Idlib, na Armênia, segundo informações do jornal Jerusalém Post e da organização francesa SOS Chrétiens d’Orient.
O corpode Suzan foi encontrado fora da sua aldeia, em al-Yaqoubiyeh. Exames médicos iniciais apontaram que ela foi estuprada por pelo menos nove horas seguidas, por agressores diferentes.
A organização SOS Chrétien’s d’Orient apontou o grupo muçulmano de jihadistas al-Nusra como responsável pelo assassinato brutal de Suzan. “A crueldade era sua provação. A realidade é a mesma… aos sessenta anos, ela morreu sob os repetidos ataques dos jihadistas al-Nusra”, comunicou a instituição.
“A autópsia revela que Suzan foi submetida a repetidos estupros desde a tarde de segunda-feira 8 até o amanhecer de terça-feira, apenas algumas horas antes de sua descoberta. Como mártir, milhares de irmãos cristãos se juntam a ele no céu, que morreram na arena da barbárie”, acrescentou a d’Orient.
Suzan atuava como voluntária na Igreja da Aldeia Kneye, ainda como professora, mesmo depois de ter se aposentado, incentivando os jovens da comunidade para ingressarem nos cursos superiores.
A ICC destacou que “é amplamente relatado entre os locais que os estupradores de Suzan eram membros do grupo terrorista Jabhat al-Nusra, que mantém uma forte presença na província de Idlib”.
A organização que auxilia os cristãos perseguidos explicou ainda que “Al-Yaqoubiyeh é uma aldeia cristã, mas a maioria das mulheres foi embora por causa da violenta agressão dos terroristas. Alguns estimam que apenas 18 mulheres, incluindo Suzan, estavam morando na vila”.
Cleire Evans, diretora da ICC, destacou o trabalho humanitário e espiritual feito pela cristã ao longo dos anos. “Suzan era um pilar em sua comunidade. Sua morte prematura e o modo como ela foi assassinada são horríveis”, disse ela.
Evans falou sobre o risco que os cristãos enfrentam em um país que por muitos anos tem sido dominado por guerras civis e religiosas, segundo o Israel Notícias.
“O estado de direito, a justiça e a responsabilidade devem ser restaurados na Síria. Caso contrário, estamos testemunhando o lento, mas feroz, extermínio do cristianismo em um país onde existe há mais de 2.000 anos”, disse ela.