A perseguição religiosa aos cristãos na Coreia do Norte foi uma das pautas discutidas na reunião da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa, realizada na última quinta-feira (18) pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, que contou também com a presença do presidente americano, Donald Trump.
O destaque sobre o país que ocupa o posto número um na lista de perseguição religiosa elaborada anualmente pela organização Portas Abertas, ficou para o pastor Kenneth Bae, que ficou preso na Coreia do Norte entre os anos 2012 e 2014, acusado de querer “derrubar o governo”.
O testemunho do pastor Kenneth fez parte de um documentário chamado Humanity Denied: Religious Freedom in North Korea, transmitido na ocasião da reunião. Segundo informações do portal The Christian Post, os agentes comunistas da Coreia chegaram à confessar ao pastor qual é o verdadeiro medo do regime de Kim Jong-Un.
“Eles disseram ‘nós não temos medo de armas nucleares… temos medo de alguém como você trazer religião para o nosso país e usá-la contra nós”, disseram os agentes, cientes de que voltados para Cristo, os coreanos deixarão o culto à personalidade do ditador Jong-Un.
“Então todos se voltarão para Deus e isso se tornará o país de Deus e nós cairemos’”, destacaram. O pastor Kenneth frisou que por causa do nível de perseguição religiosa altíssimo na Coreia do Norte, o cristianismo no país foi praticamente eliminado.
“A Coreia do Norte não é um país onde os cristãos estão sendo perseguidos; é um país onde o cristianismo foi eliminado, a eliminação total está ocorrendo. E se você é cristão, eles matam você, eles matam seus pais”, disse o pastor.
Na época em que foi preso, o pastor foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados, mas felizmente, com a pressão internacional, ele foi libertado em 2014.
A reunião pró-liberdade religiosa feita na Casa Branca foi considerada um marco em defesa dos cristãos e outros grupos religiosos no mundo, visto que recebeu o apoio explícito da maior potência mundial, os Estados Unidos.
Na ocasião, Donald Trump também declarou que “na América, sempre entendemos que nossos direitos vêm de Deus, não do governo”, destacando que independentemente das decisões do estatais, a liberdade religiosa deve ser preservada.