Um cristão que resolveu pôr à prova a tensão entre judeus e muçulmanos em Jerusalém não se saiu muito bem durante uma visita ao Monte do Templo, local onde está a mesquista Al-Aqsa, considerada a terceira mais importante do islamismo.
O turista francês exibiu uma bandeira de Israel no local, tremulando-a, e terminou agredido por muçulmanos que estavam no local.
As tensões na área são tantas que o espaço, que é controlado por forças policiais da Jordânia, vive uma espécie de embargo religioso: nem muçulmanos, judeus ou cristãos podem fazer orações no local.
A área hoje ocupada pela mesquita já foi o local onde o Templos sagrado do judaísmo foram erguidos, milênios atrás, pelo rei Salomão. Judeus ortodoxos há décadas reúnem donativos para custear a reconstrução do Templo, porém a obra é tida como inviável por causa da mesquita, que ocupa o mesmo espaço.
O cristão francês foi detido pela Polícia, assim como os quatro muçulmanos que o agrediram, segundo informações do Christian Post. O turista pode ser indiciado por perturbação da ordem, por causa da exibição de símbolos nacionais no local, que é expressamente proibida, para evitar o agravamento da crise entre os povos judeus e palestinos que vivem nas redondezas.
Assista ao vídeo do momento que o turista é escoltado pela Polícia:
Jerusalém
Jerusalém hoje é uma cidade considerada sagrada pelas três principais religiões monoteístas do mundo: para judeus, pela importância histórica como capital de Israel em tempos passados; para cristãos, por ser o local onde Jesus foi recebido como rei, traído, preso e julgado à cruz; e para os muçulmanos, que acreditam que o profeta Maomé foi arrebatado ao céu lá, no local onde está erguida a mesquita Al-Aqsa, o Monte do Templo.