O esforço de líderes cristãos para impedir o avanço do radicalismo islâmico não ocorre apenas dentro das igrejas ou em parlamentos pelo mundo, mas também dentro das escolas. Na Síria, por exemplo, o grupo de muçulmanos Failaq Al-Sham está ameaçando de morte um professor cristão.
O motivo, segundo à agência CSW, é porque o professor cristão identificado como Radwan Muhammad se recusou a a entregar a escola da qual era responsável e atuava ensinando inglês, para o grupo de intolerantes muçulmanos.
Aliado da Turquia, uma teocracia islâmica, Failaq Al-Sham tem por objetivo transformar o prédio em uma escola de doutrinação islâmica, razão pela qual o professor Radwan se opôs.
Este caso ocorreu na vila de Jaqmaq Kibir, próximo de Rajo, uma pequena cidade no noroeste da Síria perto de Afrin. Segundo fontes locais, ao ser abordado para a entrega do prédio da escola, o professor respondeu:
“Vou entregar-lhes o edifício em um caso apenas: quando Jesus Cristo descer à terra novamente.”
A declaração de fé cristã do professor Radwan teria despertado uma ira ainda maior nos radicais. Como resultado, o cristão foi preso em sua casa, acusado de “apostasia”, ou seja, de abandono da doutrina islâmica.
“Estamos extremamente preocupados com a vida e o bem-estar de Radwan, ele está detido na sede [do Failaq Al-Sham] em Afrin e eles podem executá-lo”, afirmou o pastor Nihad Hassan, que lidera uma igreja curda no Líbano, mas é originário de Afrin.
Segundo a legislação islâmica (Sharia), apóstatas do islamismo podem ser punidos com a morte. No caso do professor detido, ele também se converteu ao cristianismo. O presidente-executivo da CSW, Mervyn Thomas, expressou preocupação com o desfecho da situação e fez um apelo às autoridades internacionais.
“Estamos profundamente preocupados com o bem-estar de Muhammad e instamos seus sequestradores a libertá-lo imediatamente e sem condições”, disse ele em nota.
“Também pedimos às autoridades turcas que intervenham restringindo os vários grupos de milícias islâmicas que funcionam sob seu comando e que ponham fim imediatamente a todas as formas de violência e abusos dos direitos humanos nas áreas que controlam”, conclui.