A escalada da perseguição aos cristãos copta no Egito por parte do Estado Islâmico teve um novo episódio no começo desta semana quando extremistas muçulmanos executaram um cristão que se recusou a negar a Jesus Cristo.
Bahgat Zakhar, 58 anos, casado e pai de dois filhos, constava de uma “lista da morte” criada pelos terroristas. Como sabia que estava sendo procurado há dias, ele se manteve escondido enquanto pôde, mas terminou localizado e foi ultimado a “salvar a si mesmo” negando a fé em Jesus, o que ele não aceitou fazer.
A notícia foi veiculada pelo jornal inglês The Sunday Times, a partir do relato da viúva do cristão, identificada como Fawzia Zakhar. Bahgat era cirurgião veterinário e se tornou um dos oito mártires executado pelos extremistas nas últimas três semanas.
A infame “lista da morte” do Estado Islâmico para os cristãos copta no Egito foi publicada online, de forma anônima, e inclui nomes de líderes cristãos em todo o país.
A viúva de Bahgat contou que seu marido foi encurralado por dois extremistas fortemente armados, após dias de perseguição. Uma testemunha relatou que o cristão tentou dialogar com os terroristas, mas ele foi forçado a subir em um terraço, onde foi posto de joelhos e obrigado a escolher entre negar a Jesus e viver, ou manter-se fiel e morrer.
“Arrependa-se, infiel, converta-se [ao islamismo] e seja salvo”, contou a testemunha, do que ouviu no momento da execução do cristão egípcio. Bahgat Zakhar recusou a oferta com apenas um gesto de cabeça e, sem mais diálogos, os extremistas muçulmanos o executaram.
“Eles nem sequer correram”, comentou Fawzia Zakhar sobre o que ouviu da testemunha, deixando claro que o extremismo religioso muçulmano no Egito está em plena ascensão e inspira confiança de impunidade.