A pandemia do novo coronavírus tem feito com que igrejas em todo mundo precisem se adaptar, a fim de continuar adorando a Deus através dos cultos. Entretanto, em países como a China os cristãos também enfrentam dificuldades até para fazer um culto online.
Controlada pelo regime comunista, a China ocupa atualmente a 23ª posição na lista mundial de perseguição religiosa elaborada anualmente pela organização missionária Portas Abertas.
Em um dos casos mais recenes de aparente perseguição, por exemplo, um culto online realizado na província de Fujian, no sudeste da China, foi interrompido por policiais que de forma agressiva arrastaram alguns cristãos que estavam no local, para fora do estabelecimento.
O momento da interrupção dos agentes do governo comunista contra os cristãos foi gravado e depois divulgado pela organização de vigilância religiosa, China Aid, segundo informações do FaithWire.
“Em um vídeo gravado no local, oficiais e participantes da Igreja de Xingguang gritavam enquanto se envolviam em uma briga física. Enquanto bloqueavam a entrada, as autoridades arrastaram um cristão até a porta e outros congregados reagem”, diz a organização.
Outro caso de violência cometida por policiais da China contra um grupo de cristãos ocorreu em uma igreja cristã localizada em Anping, que fica sob a jurisdição da cidade de Shangqiu.
Cerca de 100 policiais em viaturas se dirigiram à igreja True Jesus. Eles bloquearam todos os acessos ao templo. Os policiais desceram logo em seguida e se dirigiram para entrar no local, onde estavam os cristãos cultuando a Deus.
Os agentes do governo foram agressivos, pois vasculharam objetos e intimidaram os cristãos sem qualquer causa justa aparente.
“Assim que eles entraram na igreja, eles quebraram a caixa de doações e embolsaram o dinheiro, que totalizou milhares de RMB [moeda local]. Eles também nos questionaram sobre onde todo o dinheiro da nossa igreja era mantido”, disse um membro da congregação na época, noticiou o Gospel Mais.
Segundo a Portas Abertas, esse tipo de ataque dos agentes chineses é fruto de uma tentativa do governo de querer barrar o avanço do cristianismo no país, a fim de preservar o controle ideológico sobre a população.
“A política de sinização da igreja é implementada por todo o país, já que o Partido Comunista está confiando fortemente na identidade cultural chinesa para permanecer no poder, limitando o que possa ameaçar sua permanência”, diz a organização.
Assista o momento da interrupção do culto online abaixo: