A perseguição religiosa aos cristãos é um problema permanente para a comunidade de fiéis seguidores de Jesus Cristo na Índia, país onde a maioria da população segue o hinduísmo. Nessa região, o radicalismo que parte de alguns hindus tem sido o maior responsável por ataques de intolerância religiosa.
Foi o que aconteceu, por exemplo, no último dia 15 de março durante um culto onde 200 pessoas estavam reunidas para louvar a Jesus. Segundo informações da agência de vigilância religiosa Morning Star News, cerca de 30 hindus extremistas invadiram o local de culto.
Apesar dos fiéis terem chamado a polícia ao local, os hindus radicalizados não interromperam as agressões. “Eles começaram a nos atacar e a polícia continuou observando”, informou o pastor Indresh Kumar Gautam, de 24 anos. O incidente ocorreu na área de Kunda, no distrito de Pratapgarh.
Por mais estranho que pareça, os policiais terminaram levando não os agressores, mas cinco dos cristãos que estavam no momento do ataque. Eles foram para a delegacia local, onde foram hostilizados também pelos policiais.
“Quando chegou a nossa vez, [o policial] se aproximou e perguntou qual era nossa casta”, relata o pastor Gautam. “Então ele perguntou: ‘Vocês fazem conversões religiosas?’ O fedor de álcool da boca dele era muito forte e insuportável”.
A sessão brutal de espancamento teve início, sem qualquer chance dos cristãos e o pastor se defenderem. “Eu estava gemendo de dor, clamando: ‘Senhor, se eu tiver que ser torturado por pregar o Evangelho, eu aceito. Me dê força”, ele Gautam.
Os policiais agiram de forma extremamente violenta, demonstrando ódio aos cristãos. “Eu podia ouvi-lo falar mal de mim, de minha identidade e minha fé, mas não disse uma palavra. Eu estava deitado quase morto vendo meus amigos também sofrerem o mesmo grau de tortura, um após o outro”, afirmou o pastor.
Um fato que chamou atenção do líder religioso foi a declaração, feita por um dos policiais, de que ele queria ter a sensação de estar agredindo o próprio Jesus Cristo, uma afirmação que deixou transparecer a verdadeira identidade espiritual maligna por trás dos ataques.
“Ele disse que queria ter a sensação de que está torturando Jesus”, disse o pastor. “‘Vamos ver se o seu Jesus viria aqui para salvá-lo’, ele riu e continuou zombando de nós, nos chamando por palavrões, insultando nossa casta, mas nenhum de nós protestou”.
Após três horas de tortura, os cristãos foram soltos da delegacia, mas por falta de registro das câmeras no estabelecimento, eles não puderam denunciar as agressões, especialmente por causa do envolvimento político de um dos agressores.
Infelizmente os seguidores de Cristo tiveram que partir sem poder esperar qualquer resolução da justiça humana, mas certos de que a de Deus irá se cumprir.