As consequências da guerra civil em Mianmar, um país localizado no sul da Ásia continental, estão sendo devastadoras para milhares de cidadãos no país, em especial os cristãos, que além de serem obrigados à enfrentar o conflito armado entre as tropas do governo e o Exército Nacional de Kachin, são vítimas de perseguição religiosa pela fé em Jesus Cristo.
“É uma guerra onde civis estão sendo sistematicamente atacados por membros do Exército de Mianmar. A comunidade internacional escolhe ignorar isso”, informou a escritora Stella Naw ao jornal britânico The Guardian no último dia 14, denunciando a indiferença das autoridades internacionais vinculadas aos direitos humanos.
A denúncia de Stella foi confirmada por San Htoi, secretária-geral da Associação de Mulheres de Kachin, na Tailândia. Ela disse que se trata de uma “guerra invisível”, citando, também para o jornal inglês, o dia em que representantes do Conselho de Segurança da ONU foram realizar uma vistoria no país, mas visitaram apenas o Estado de Rakhine.
Segundo Htoi, os integrantes da ONU “deixaram o país sem saber sobre Kachin”, região onde estão concentrados os maiores conflitos e a crise em massa de refugiados.
No dia 12 de maio uma escola missionária de orientação batista foi bombardeada, sugerindo que os alvos não são apenas combatentes da guerra civil, mas também a população. Hkun Htoy Layang, da Fundação Kachin Relief, disse ao Christian Solidarity Worldwide que apesar das violações, os crimes estão ficando impunes:
“É escandaloso que o exército de Mianmar tenha como alvo uma escola missionária Kachin Baptista. Estamos muito preocupados que o exército esteja atingindo mais civis em todo o estado de Kachin, com impunidade”, informou.
Os refugiados da guerra têm encontrado nas igrejas cristãs o apoio que o governo de Mianmar não está oferecendo. “As igrejas locais estão fazendo o possível para acomodar os cristãos que estão fugindo das zonas de guerra. Elas doam comida e outros itens de necessidade básica”, informou um pastor que vive no país, segundo informações publicadas recentemente. Com informações: Guiame.