Cristãos que vivem em Myanmar, um país localizado no sul da Ásia continental e é limitado ao norte e nordeste pela China, estão passando por dias terríveis de escassez, violência e perseguição, devido à guerra civil que assola o país já faz alguns anos, entre as tropas do governo e o Exército Nacional de Kachin, um grupo étnico armado local.
Várias ruas do país estão bloqueadas pelos combatentes e barricadas. A população é obrigada à sair de suas casas, que são utilizadas como ponto de apoio dos militares durante o conflito. Como retaliação aos que resistem, casas são queimadas e pessoas ameaçadas. Vários civis já morreram vítimas do conflito armado.
“As igrejas locais estão fazendo o possível para acomodar os cristãos que estão fugindo das zonas de guerra. Elas doam comida e outros itens de necessidade básica”, informou um pastor que vive no país, segundo informações da organização Portas Abertas, que auxilia os cristãos no local.
Na região conhecida como Alto Chindwin e a fronteira com a China, onde está mais localizado o confronto, pessoas estão acampando a céu aberto, porque foram expulsas de seus lares. A iniciativa das igrejas cristãs de acolher os refugiados tem feito grande diferença para a população, que é de maioria budista.
A Portas Abertas pede aos cristãos de todo o mundo que orem pelo fim da guerra em Myanmar, também para às igrejas se mantenham firmes na fé e não desanimem com os desafios diários.
Outro pedido em especial é pelos jovens, uma vez que estão sem poder frequentar suas escolas e ter uma vida social comum, a organização teme que muitos percam o sentido da vida, o que pode acarretar sintomas de depressão profunda e estresse pós-traumático, comuns em zonas de conflito armado.