Um grupo de 23 cristãos, incluindo mulheres e crianças, foi alvo de um ataque no Sudão do Sul. As vítimas estavam em uma igreja quando foram assassinadas, e as autoridades ainda não têm informações sobre a autoria do crime.
O gesto de perseguição religiosa na aldeia Makol Cuel, no estado de Jongle, Sudão do Sul, chama atenção pelo fato de que os criminosos não fizeram nenhum tipo de reivindicação pela chacina.
A Missão Portas Abertas informou que a maioria dos habitantes do estado são cristãos, mas ainda assim a região é conhecida pelos constantes confrontos entre grupos étnicos, o que poderia ser uma pista para a motivação do ataque.
Entretanto, nos últimos anos foi registrado um aumento na violência na região depois que grupos fortemente armados passaram a circular no estado, causando o deslocamento de pelo menos 60 mil pessoas, que agora se arriscam pela sobrevivência em outras áreas do país, que atravessa uma guerra civil.
Reuben Akurdit Ngong, um líder cristão, concedeu entrevista a um jornal local e declarou que espera uma ação do governo para proteger os civis da região. A perspectiva é compartilhada pelo porta-voz da Portas Abertas para a África Subsaariana.
“Nós nos juntamos ao apelo para que o governo faça tudo para proteger os civis contra os ataques como esses. A única maneira de resolver a crise é respeitar todas as partes que assinaram acordos de paz e processar aqueles que são considerados culpados de violar as resoluções”, declarou o representante da organização.
“A igreja tem um papel importante a desempenhar na construção da paz, encorajando todos os envolvidos a respeitar a dignidade humana enquanto resolvem as diferenças”, acrescentou o porta-voz.
O contexto local é de turbulência, já que em fevereiro último, o líder rebelde Riek Machar foi colocado na posição de primeiro vice-presidente de Salva Kiir Mayardit, o presidente do país desde 2011, como parte de um acordo para a formação de um governo de coalizão. Mas, mesmo assim, os casos de violência se mantém por todo o país, que enfrenta uma guerra civil há seis anos.
“Interceda pelos familiares e amigos das vítimas dos ataques no Sudão do Sul, para que sejam confortados e curados por Deus. Ore pelos governantes do país, peça que Deus dê sabedoria e compromisso com a justiça e bem-estar da população. Clame para que os intentos de grupos que desejam propagar a violência sejam frustrados e que eles tenham os olhos abertos para reconhecer Cristo como senhor e salvador”, diz o comunicado da Missão Portas Abertas.