Atualmente os cristãos no mundo inteiro contam com o auxílio de organizações que monitoram os casos de perseguição religiosa e consequente violência contra os seguidores de Jesus. Todavia, poucos sabem o testemunho de quem arriscou sua vida para fundar tais instituições.
O “irmão André” é uma dessas pessoas. Ele foi o fundador da organização internacional Portas Abertas. Todavia, seu nome verdadeiro é Anne Vander Bijl. O missionário Al Janssen, que viveu em sua companhia por vários anos, contou detalhes sobre a história das missões.
Utilizar nomes falsos, por exemplo, era necessário por razão de segurança ao entrar em determinados países. “Era uma prática comum para aqueles em nosso ministério que viajaram atrás da Cortina de Ferro usar pseudônimos”, explicou Janssen.
“Quase desde o início, os cristãos em perseguição começaram a se referir aos contrabandistas de Deus como ‘irmão’ ou ‘irmã’, como o irmão David ou a irmã Corrie”, completou o missionário, esclarecendo o motivo de Vander Bijl ser conhecido como “irmão André”.
“Um viajante holandês, Dürk Langeveld, fez tantas viagens pela Portas Abertas que se apresentar dizendo ‘Eu trago saudações do irmão Dick’ se tornou um código para outros trabalhadores quando eles se encontraram com contatos na Europa Oriental ou na União Soviética”, disse ele.
Esconder os verdadeiros nomes até hoje é uma medida de proteção, também, para os cristãos locais perseguidos, pois sem saber os nomes reais dos missionários, eles não podem ser culpabilizados por acobertar as missões evangelísticas secretas.
“Esse cuidado com a segurança continua na Portas Abertas hoje. Um de nossos líderes de ministérios internacionais, que se juntou a nós em meados da década de 1980, foi informado em seu primeiro dia de trabalho que teria de escolher um novo nome que usaria para trabalhar para o ministério. Eu ainda não sei o nome verdadeiro dele!”, contou Janssen.
Questionado se ele e o irmão André tiveram medo de morrer, Janssen disse que a morte terrena chegará de qualquer jeito para todos um dia, de modo que se tiver que morrer por testemunhar o Evangelho de Cristo, será um privilégio, segundo a Portas Abertas EUA.
“André e eu concordamos que todos morreremos um dia. Se Deus escolhe nos levar desse jeito, então achamos que Ele seria mais glorificado pelas nossas mortes. Como o irmão André disse: ‘Estar preparado para morrer por Jesus é realmente uma boa maneira de viver!”, conclui Janssen.