As condições de vida para os cristãos e outras minorias religiosas que já sofrem com perseguição se tornaram significativamente mais difíceis durante a pandemia do novo coronavírus, conforme relatório da Missão Portas Abertas.
“A situação deles está indo de mal a pior”, disse David Curry, diretor da entidade missionária. “Em lugares como Coreia do Norte, Irã e Paquistão, os cristãos já são vistos como cidadãos de segunda classe, traidores e infiéis. Agora, enquanto a COVID-19 devasta a saúde e a subsistência de todas as pessoas nesses países, os cristãos precisam especialmente de ajuda emergencial”, acrescentou.
Em 25 países de uma lista de mais de 60 onde a Portas Abertas, atua há severa perseguição e o impacto da pandemia é intenso. Esses mesmos países integram a lista de maiores perseguidores de cristãos que a entidade atualiza anualmente.
De acordo com informações do Christian News Journal, em muitos desses países, os cristãos têm maior probabilidade de sofrer discriminação ao buscar provisões básicas e cuidados médicos. Frequentemente, não recebem alimentos e cuidados de saúde, tornando-os mais suscetíveis a doenças. Essas limitações são ampliadas em tempos de escassez induzida por crises, um cenário que foi verificado nessa pandemia.
A Portas Abertas relata que a discriminação econômica é a segunda forma mais prevalente de perseguição contra os homens no Oriente Médio e no Norte da África. Como resultado, muitos cristãos na região são forçados a empregos mal pagos devido à discriminação religiosa.
A crise do coronavírus causou significativa perda de empregos, deixando muitos deles sem renda. Além disso, aqueles que se convertem ao cristianismo de outras religiões são rejeitados por suas famílias, deixando-os sem um sistema de apoio. O resultado é um grande número de pessoas que precisam urgentemente de comida, abrigo e cuidados médicos.
A Missão Portas Abertas está atuando em resposta a essa crise, mobilizando redes locais de ajuda emergencial em mais de 60 países onde os cristãos sofrem como resultado direto de sua fé. A entidade missionária também continua a fornecer exemplares da Bíblia Sagrada, treinamento de discipulado e atendimento traumatológico para cristãos necessitados.
O diretor da filial norte-americana comentou a situação: “Como muitas igrejas em todo o mundo estão cancelando cultos ou os mantendo online, mais cristãos estão experimentando o que é adorar isoladamente. Nessa nova realidade, os cristãos nos Estados Unidos têm uma oportunidade única de se conectar com a experiência contínua de cristãos perseguidos que adoram em segredo”, declarou, propondo uma reflexão sobre a realidade dos fiéis que formam a chamada “Igreja Perseguida”.
Desde o início da crise, a entidade vem fazendo transmissões ao vivo em suas contas nas redes sociais diariamente, com líderes da igreja para compartilhar encorajamento espiritual e pedidos de oração de cristãos perseguidos, e de quebra, conscientizar a respeito da realidade onde não há liberdade religiosa.