Ao olhar para a Ucrânia, o mundo se vê diante de um cenário de muito sofrimento e destruição. Por causa disso, é possível que alguns não consigam imaginar como a Igreja de Jesus possa continuar atuando de forma eficaz, sem retroceder. No entanto, em outra parte do mundo um contexto parecido serve de esperança.
Se trata da Síria, um país que se encontra em guerra civil há mais de uma década, precisamente 11 anos. O país foi um dos que compôs a chamada “Primavera Árabe” desencadeada entre 2013 e 2014, quando vários levantes populares ocorreram em regimes autoritários no Oriente Médio.
Um levante ocorreu no país para tentar depor o presidente Bashar al-Assad, que ficou encurralado até receber a ajuda internacional da Rússia. Parte da população se dividiu e passou a lutar militarmente contra o governo, resultando na morte de pelo menos 500 mil pessoas até hoje.
Os cristãos que já viviam em um país onde a perseguição religiosa é constante devido ao radicalismo islâmico, também se viram no meio de uma disputa sangrenta de ambos os lados. Mesmo assim, segundo um parecer da organização Portas Abertas, a Igreja de Jesus continua não apenas de pé, como atuando.
“A população cristã da Síria diminuiu devido à guerra civil, mas há muitos muçulmanos que passaram a seguir a Jesus. Isso os torna alvos de hostilidade da família e da comunidade, mesmo que o governo trabalhe para evitar a agitação social causada pela mudança de fé”, diz a entidade.
Por causa dessa condição, a Igreja de Jesus na Síria atua de forma cautelosa, praticamente restrita às residências, já que a maioria dos templos cristãos foram destruídos pelo grupo terrorista Estado Islâmico, que apesar de derrotado pela repressão das Forças Armadas dos Estados Unidos, ainda existe em focos pelo país.
Atualmente a Síria ocupa a 15ª posição na lista mundial de perseguição religiosa da Portas Abertas, muito embora a intolerância contra os cristãos tenha diminuído nos últimos anos. Os convertidos do islamismo são os principais alvos.
“Os ex-muçulmanos continuam a carregar o fardo colocado sobre eles pelo governo, pela sociedade e pelas próprias famílias”, diz a Portas Abertas.