A Venezuela é um país em grave crise econômica e política, e os cristãos do país têm se mobilizado para, através da oração, ajudar na recuperação da nação.
Mesmo sendo o quinto maior exportador de petróleo do mundo, a Venezuela enfrenta problemas seríssimos de abastecimento de alimentos e medicamentos, além do alto desemprego e da censura política dos cidadãos que desaprovam as decisões do presidente Nicolás Maduro.
Especialistas internacionais em economia não titubeiam em apontar a política populista instaurada pelo ex-presidente Hugo Chávez – e elogiada por alguns políticos brasileiros como o ex-presidente Lula – como responsável pelo caos que o país vive.
Nas últimas eleições parlamentares, Maduro perdeu apoio da população e sofreu uma derrota, deixando de ter a maioria no Congresso. Agora, o presidente tenta barrar uma proposta de referendo, que poderia encerrar seu mandato antes do prazo inicial.
Em meio a esse cenário conturbado, igrejas da capital do país, Caracas, organizaram uma caminhada de oração, e milhares de fiéis foram às ruas pedindo que Deus interfira na situação. “Eu oro pelo meu país” foi o mote do movimento: “Nós precisamos nos voltar para Deus. Clamemos ao Senhor e vamos pedir-lhe por intervenção”, disse o pastor Jaime Perez, segundo informações da emissora Christian Broadcasting News.
“Estamos motivados, mais do que nunca, para orar pela Venezuela, porque a situação é muito crítica”, disse o pastor Enrique Soto, da Igreja Maranatha. “Somente a oração e a unidade do corpo de Cristo vai tornar o país melhor”, acrescentou.
Para se ter uma ideia de como a situação é grave, o país está submetido a um racionamento de energia elétrica, a título de economia. O governo fechou a maioria de seus escritórios, e tribunais e outras repartições públicas também passam a maior parte dos dias fechados, abrindo por meio período em dois dias da semana.
Maduro determinou que o escritório da Defensoria Pública fosse transformado em um banco de alimentos para os servidores que trabalham diretamente para o governo, segundo o The New York Times.
O presidente, no entanto, não admite que a crise seja responsabilidade da má gestão pública, e afirma que a escassez de alimentos é uma “guerra econômica” das elites, que estariam acumulando suprimentos, impedindo que a população de baixa renda tenha acesso a eles.
Assustados com a crise, os venezuelanos depositam suas esperanças em um milagre divino: “Estamos nas mãos de Deus agora”.