O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) continua bem avaliado no meio evangélico, mas com mudanças de percepção entre os grupos que formam o segmento religioso que mais cresce no Brasil.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha aponta que a avaliação boa ou ótima entre evangélicos variou de 42% para 41% entre abril e julho. Dentre os mais satisfeitos com Bolsonaro estão agora os neopentecostais.
Os dados da pesquisa foram divulgados na última segunda-feira, 08 de julho, apontando um crescimento de sete pontos percentuais na aprovação do governo entre os neopentecostais. Em abril, 37% deles consideravam a administração federal ótima ou boa, agora são 44%.
Segundo informações da revista Época, em seguida vem o segundo grupo mais satisfeito com o governo Bolsonaro, os evangélicos tradicionais (42%). Os pentecostais, em média, somaram 39%. No entanto, o Datafolha separou esse terceiro segmento em duas partes, e na segunda, a aprovação ao presidente chega a 43%.
Para esclarecer o mosaico evangélico, o instituto explicou que as igrejas tradicionais são as oriundas da Reforma Protestante na Europa do século XVI (como a Batista, Presbiteriana, Metodista, entre outras), de perfil mais conservador no que tange à liturgia e interpretação bíblica.
Já as pentecostais são denominações nascidas no século XX, a partir de um movimento nos Estados Unidos, como a Assembleia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular, entre outras.
Por último, as igrejas neopentecostais – que variam entre a Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Sara Nossa Terra, Igreja Renascer em Cristo e Ministério Internacional da Restauração, dentre outras – são resultado de uma metamorfose a partir das pentecostais.
A pesquisa também avaliou a percepção dos evangélicos em relação ao futuro, e descobriu que 63% dos fiéis neopentecostais acreditam que o governo Bolsonaro fará um governo ótimo ou bom daqui até o fim do mandato. Essa visão otimista vem acompanhada de uma crítica considerável: 64% acham que, até agora, o presidente poderia já ter feito mais.
Entre católicos, o otimismo predomina: 49% deles acredita que o governo será satisfatório até o final, apesar de 56% considerarem que o presidente realizou menos do que o esperado.