O deputado federal Simplício Araújo (PPS-MA) protocolou um recurso contra a aprovação do projeto apelidado de “cura gay” pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). Antes, Simplício já havia tentando barrar a votação do projeto pedindo vistas para melhor apreciação do tema.
O recurso apresentado pelo parlamentar ao presidente da Câmara dos Deputados pede a anulação da sessão que aprovou o projeto, pois segundo ele, Marco Feliciano (PSC-SP) descumpriu um dos regimentos da Casa ao colocar a proposta de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) para ser votado.
Simplício tem batido na tecla de que atração pelo mesmo sexo não é doença: “Não é a homossexualidade um dos distúrbios que prejudica a família. O que prejudica a família é a corrupção, a forma como a classe política está se comportando. Este projeto é inconstitucional. Apenas o poder judiciário pode questionar uma decisão de qualquer Conselho de qualquer profissão”, criticou.
O polêmico projeto apelidado como “cura gay” propõe a derrubada de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe os profissionais da área de prestarem atendimento a homossexuais que busquem ajuda para mudar sua orientação sexual.
Após a aprovação do projeto na CDHM na última terça-feira, a proposta deverá ser avaliada e votadas pelas comissões de Seguridade Social e Constituição e Justiça. Caso seja aprovada nas duas, deverá ser votada no plenário da Câmara dos Deputados.
Porém, para Simplício Araújo, a proposta é oportunista por parte da bancada evangélica, e visa votos nas eleições do ano que vem: “É uma proposta eleitoreira que visa apenas ganhar votos. Vocês estão enganando a comunidade porque estão vendendo algo que não vão entregar. Essa proposta serve de combustível para a reeleição de muita gente aqui. Não existe cura para o que não é doença”, criticou, segundo informações da Folha de S. Paulo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+