Emily Arunt é uma cristã que trabalha como desenhista e animadora profissional, e sua recusa em aderir a movimentos politicamente corretos resultou em uma campanha de ódio contra ela nas redes sociais, que resultou em prejuízos ao seu trabalho.
Desde os 11 anos de idade Emily tem se dedicado aos desenhos. Ela possui um canal no YouTube com mais de 200 mil inscritos que acompanham seu trabalho assinado com o pseudônimo Lupis Vulpes.
Ao recusar dois pedidos de clientes, que incluíam, separadamente, a inserção de uma bandeira do movimento transgênero e a promoção do movimento marxista Black Lives Matter, Emily Arunt viu seu trabalho se tornar alvo de uma intensa campanha de ódio e difamação, popularmente chamada de “cancelamento”.
“Eu disse a eles que não me sinto confortável fazendo isso e que sou cristã”, contou, referindo-se à bandeira trans. Sobre o Black Lives Matter, um cliente a constrangeu: “Eles queriam que eu arrecadasse muito dinheiro para a organização e também anunciasse, mas parecia estranho e manipulador, então eu não fiz isso”, explicou.
Ódio
Quando esses casos vieram a público, o trabalho da desenhista foi amplamente prejudicado: “Meu telefone começou a explodir com mensagens e alertas de pessoas”, disse, explicando que a comunidade dos profissionais de animação rapidamente se voltou contra ela, rotulando-a como autora de artes “transfóbicas e homofóbicas”.
Os ativistas criaram uma espécie de dossiê e o publicaram na internet com seis páginas de capturas de tela e publicações nas redes sociais, detalhando as acusações de suposta transgressão do politicamente correto.
A desenhista então, gravou um vídeo respondendo aos críticos, sem entrar nos pormenores das acusações, mas compartilhando o Evangelho. A reação dos ativistas foi ainda mais aguda, com outros vídeos reiterando as acusações, conforme informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).
O pastor Lance Bacon, docente na Regent University, onde Emily Arunt estuda, se tornou um mentor dela, e falou como admira a forma escolhida pela desenhista para reagir. “Fiquei muito feliz com o fato de que ela não perguntou ‘como posso encontrar representação legal, o que posso fazer sobre a renda, proteger meus direitos’, mas em vez disso ela disse ‘como posso ter certeza de responder como uma cristã e que aproveito esta oportunidade para deixar Deus me desenvolver e mostrar amor cristão?’”, contou.
Uma das decisões da desenhista é que ela não se desculpará com os ativistas sociais, e isso a colocou em uma espécie de lista negra de sua profissão. “No que diz respeito ao meu negócio, acredito que esteja destruído”, disse ela, acrescentando que não desistirá da graduação que está fazendo na Regent University.
“O Senhor me disse para ir à Regent, então vou continuar a ir até que o Senhor feche a porta”, explicou ela. “Do lado de fora, parece que perdi, mas realmente acho que isso foi uma vitória para o Senhor. Se isso puder ter ajudado uma pessoa a encontrar Cristo, então vale a pena perder todo o meu negócio”, acrescentou.
Antes elogiada pela qualidade de seu trabalho, Emily Arunt era uma desenhista bem-sucedida e bancava sua faculdade com o que ganhava com sua produção. Até agora, ela já havia conseguido pagar a anuidade, acomodação e alimentação, além de ter garantido as mensalidades do primeiro semestre do segundo ano.
“Eu sei que é apenas o Senhor e Ele tem me abençoado muito”, disse ela. “Eu meio que me destaquei nesta comunidade como um dedo machucado porque amo a Cristo e não desenhei as mesmas coisas que outras pessoas desenhariam”, encerrou.