A família está sempre sob ataque, com grande parte das atrações midiáticas para o público infantil representando grandes riscos à compreensão das crianças a respeito do valor dessa instituição. Para tratar do assunto, um programa de debates sobre a influência secular na vida cristã convidou especialistas e discutiu as armadilhas dos desenhos infantis.
Um dos desenhos que pautou a conversa entre o pastor Igor Carini, da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), o evangelista Daniel Aredes e o apresentador do programa Bate-Papo (Rede Super), o teólogo Cássio Miranda, foi o famoso A Hora da Aventura.
Para o pastor Carini, que já trabalhou como ilustrador da Marvel, o conteúdo do desenho A Hora da Aventura é chamativo, porém, nocivo: “É um desenho totalmente pernóstico, um desenho totalmente inapropriado para qualquer faixa etária e passa em canal aberto em horário de manhã e pela tarde”, comentou.
A visão é compartilhada por Daniel Aredes, que ao lado da esposa, se dedica a evangelizar crianças e vê a influência do desenho no comportamento infantil. Segundo ele, as mensagens transmitidas são sempre inadequadas, com referências inclusive à sexualidade precoce: “Tem um episódio que o banheiro é amigo deles e o banheiro mostra todas as coisas que ele gosta de fazer dentro do banheiro, inclusive pensar em mulher e se masturbar”, alertou.
Carini também afirma que existem, inclusive, referências à homossexualidade no desenho: “Esse A Hora da Aventura trata de lesbianismo, a princesa é apaixonada por uma vampira. Trata de zoofilia, o rei do gelo teve relação sexual com um pinguim e os dois têm um filho. Eles ensinam a brincar de bola com o ânus e as crianças usam camisetas. Os pais nem sabem o que acontecem”, pontuou o pastor.
Os Simpsons
Outro desenho que sempre pauta discussões sobre o tema é a clássica animação sobre a família disfuncional Os Simpsons. Com personagens carismáticos, o desenho é uma sátira à instituição familiar tradicional e vende a ideia de que todas as famílias são iguais.
“É uma sátira da família tradicional, uma crítica. Eles deturpam todos os valores como nós entendemos como família e tiram sarro mesmo da família tradicional, descredita a autoridade do pai e da mãe. O pai é o bobão, agressivo, faz tudo errado. A mãe tenta controlar a situação, mas também dá suas cabeçadas. Então, eles tiram o valor da autoridade do pai como cabeça”, analisou Carini.
Para Daniel Aredes, o desenho tenta vender como normal aquele padrão de sua narrativa: “Um pai irresponsável, que […] não tem autoridade dentro de casa, e a mãe totalmente superficial. Para ela está tudo certo. O Bart – que é um menino terrível e bagunceiro – sendo aplaudido pelas coisas que ele faz. Também tem homossexualismo, a irmã da mãe deles que resolve casar com outra mulher. Parece inofensivo, mas é muito perigoso”, ressaltou.
Assista ao debate do programa Bate-Papo, da Rede Super, sobre os desenhos infantis: