O índice de avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff (PT) é de 7,7%, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA), divulgada na última terça-feira, 21 de julho.
O 128º levantamento realizado pela entidade mostrou que a avaliação negativa de Dilma subiu de 64,8%, em março, para 70,9% este mês. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios, entre os dias 12 e 16 de julho.
Os seguidos escândalos de corrupção, a crise econômica – que havia sido negada pela presidente durante as eleições de 2014 – e o ajuste fiscal pesam contra Dilma. “A conclusão final da pesquisa mostra uma elevação do pessimismo do brasileiro em consequência da alta do custo de vida, do aumento da inflação, do crescimento do desemprego e da forte percepção sobre a corrupção e a incapacidade do governo em resolvê-la”, disse Clésio Andrade, presidente da CNT.
O cenário de Dilma Rousseff é o pior em 16 anos, superando a avaliação negativa de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999, no auge de uma crise econômica mundial, quando o então presidente tinha apenas 8% de avaliação positiva.
Eleições e impeachment
O levantamento colheu também as intenções de voto dos brasileiros para as eleições de 2018, caso não aconteça um impeachment ou a cassação do mandato de Dilma Rousseff pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e político durante a campanha do ano passado.
De acordo com informações da Agência Brasil, se a disputa fosse hoje, Aécio Neves (PSDB) venceria com 35,1% dos votos, contra 22,8% de Lula (PT) e 15,6% de Marina Silva (Rede). Em um eventual segundo turno, Aécio teria 49,6% dos votos, contra 28,5% de Lula.
Em um cenário alternativo, que o candidato do PSDB fosse o governador paulista Geraldo Alckmin, ele também venceria Lula num hipotético segundo turno, com 39,9% dos votos, contra 32,3% do ex-presidente.
44,8% dos entrevistados disseram acreditar que se Aécio Neves tivesse vencido as últimas eleições, o governo estaria melhor que o de Dilma.
O número de pessoas favoráveis à remoção de Dilma do cargo através de um processo de impeachment subiu de 59,7% para 62,8%. Os motivos apontados como principais são as “pedaladas” fiscais, (25%), a corrupção na Petrobras (14,2%) e uso de dinheiro de corrupção na campanha (14,2%). 44,6% apontaram todos os três motivos como justificativa.