A presidente Dilma Rousseff (PT), que atravessa grave crise política e tem seu mandato ameaçado por um movimento pró-impeachment, esteve recentemente no Piauí e recebeu uma “benção de exu” de integrantes do candomblé e da umbanda.
Na capital Teresina, Dilma foi recebida pelos adeptos das religiões afro-brasileiras, que fizeram um ritual com flores: “Demos bênçãos de exu para a nossa presidente para que ele abra os caminhos e ajude a resolver os problemas do país. Também entregamos a ela um pedido para que vote o plano nacional a contra a intolerância religiosa, pois sofremos muito com isso. Nossas religiões são discriminadas e esquecidas pelos governos”, disse a mãe de santo Yatyllyssa, de Roraima.
De acordo com informações do G1, a menina Kaylane Coelho Campor, do Rio de Janeiro (RJ), que foi agredida por um grupo de pessoas supostamente evangélicas, também estava no grupo e pediu que Dilma desse atenção ao problema da intolerância religiosa: “Fui apedrejada no meio da rua em minha cidade porque estava vestida de roupa da umbanda. Vim pedir para a presidente que ela aprove nosso plano de intolerância religiosa, pois nós merecemos respeito. Já fui para vários lugares vestida assim e quero que minha religião seja respeitada como faço com as demais”, discursou.
A presidente visitou o Piauí para acompanhar as obras dos lotes 6 e 7 da ferrovia Transnordestina, em Paulistana. Dilma Rousseff chegou à cidade em uma locomotiva, acompanhada do governador Wellington Dias (PT), do presidente nacional do Partido Progressista (PP) Ciro Nogueira e de Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e atual diretor da Transnordestina Logística S/A.
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff agradeceu as flores e “bênçãos” que recebeu dos praticantes das religiões afro-brasileiras.