Mais um caso de apresentação de drag queen em escola pública com o intuito de doutrinar alunos veio à tona através das redes sociais. Depois dos casos em Juiz de Fora (MG) e Salvador (BA), surge a denúncia de uma apresentação semelhante em Pelotas (RS).
A denúncia foi feita pelo youtuber Rafinha BK, que foi ao Colégio Municipal Pelotense para a Semana da Diversidade, organizada pela prefeitura municipal e que incluía o “3º Encontro Sobre Gênero, Diversidade e Educação”.
Rafael Silva Oliveira, o Rafinha BK, afirmou ao jornal Gazeta do Povo que “a palestra teve uma apresentação sensual, uma performance de duas mulheres e um rapaz, que ficavam se retorcendo no palco”.
“Depois, em outra palestra, uma mulher disse ter o sexo imposto pelo médico quando nasceu e que no decorrer da vida foi se descobrindo homem. As informações apresentadas não tinham base científica alguma, eram só teses. O objetivo era doutrinar na questão de gênero. Uma drag queen também deu uma palestra, defendendo ‘direitos humanos’ e inclusive atacando o deputado [Jair] Bolsonaro”, acrescentou Rafinha BK.
A palestra em defesa da ideologia de gênero foi realizada em horário de aula, e no vídeo publicado pelo youtuber, alguns alunos afirmam que eram obrigados a participar do evento para não ficarem sem a presença no dia. “Um deles me contou que a palestra iria compor a nota de Educação Física”, disse Rafinha BK.
O relato dos estudantes foi reiterado por um internauta que comentou a postagem do vídeo: “Meu neto frequenta o colégio e contou que tinha uma aula de espanhol, mas a professora mandou todos os alunos assistirem [à palestra], caso contrário levariam falta”.
Facultativo?
O diretor do colégio, Arthur da Silva Katrein, negou que a participação na palestra da ideologia de gênero fosse obrigatória: “Com certeza não. Nenhum aluno foi obrigado a vir”, afirmou Katrein no vídeo.
“Não fui obrigada a assistir nenhuma palestra. Os alunos foram convidados e quem não quisesse poderia assistir a aula normal ou ir embora, tanto que fiquei na aula”, disse uma estudante.
No entanto, Rafinha BK afirmou que os depoimentos negando a obrigatoriedade foram feitos por estudantes que faziam parte da militância LGBT e entusiastas do evento: “Eles foram lá estrategicamente para tentar contradizer o que estava sendo exposto no vídeo. Vários relatos colhidos na hora mostram que quem não fosse iria para a direção”.
A Secreteria de Municipal de Educação e Desporto (SMED) de Pelotas informou que o evento estava previsto como parte das atividades da Semana da Diversidade, organizado pela Comissão de Diversidade sexual e Gênero da Subseção OAB Pelotas, Grupo Gesto (Grupo pela Educação, Saúde e Cidadania), Vale Vida, Diversu’s (Grupo interdisciplinar de estudos em gênero e diversidade sexual, composto por professores do curso normal ) e com apoio da Prefeitura de Pelotas e Governo do Estado.
“O presente evento não teve custos, os professores e as suas respectivas turmas foram convidados a participarem do evento. A maioria dos presentes eram alunos do curso normal, curso este destinado a formação de professores, o que justifica o interesse no assunto”, justificou a nota da SMED.