O trabalho social realizado pelas diversas denominações evangélicas é indispensável diante das mazelas que assolam o Brasil. A epidemia de crack e outras drogas que vitimam milhares de pessoas é uma delas.
O testemunho de Marisol de Fátima Ribeiro, 53 anos, mostra que é possível evitar que o vício nesse entorpecente agressivo termine com morte. Alcançada pelo projeto Cristolândia, mantido pela Junta de Missões Nacionais (JMN), ela foi liberta através da mensagem do Evangelho após 36 anos de dependência.
Seu envolvimento com as drogas começou ainda na adolescência, aos 17 anos, mas o fundo do poço chegaria 26 anos depois, no Rio de Janeiro, quando conheceu o crack. Por outros dez anos, viveu sob a escravidão imposta pela substância, passando a ser moradora de rua na Cidade Maravilhosa.
A família, sem saber como contornar a situação, recorreu ao projeto da JMN, que mantém uma unidade na cidade mineira de Governador Valadares, e Marisol passou a receber tratamento, com os cuidados necessários para sua recuperação emocional, espiritual e física.
Enquanto recebia atenção, ouvia a mensagem do Evangelho, e assim, Marisol decidiu entregar sua vida a Jesus Cristo. Atualmente, ela se prepara para ser batizada nas águas, declarando publicamente sua fé no Filho de Deus e reconhecendo-o como Senhor e Salvador de sua vida.
O projeto Cristolândia foi iniciado em São Paulo, na área da capital paulista apelidada de cracolândia por conta da alta concentração de dependentes químicos. A ação social oferece, diariamente, 1982 refeições, área para lavanderia, troca de roupas, calçados e cortes de cabelo, além de chuveiros.
Lá, voluntários atuam para promover o amor ao próximo de forma prática, além de realizarem cultos diariamente e triagem dos dependentes químicos que buscam acolhimento e abrigo. Depois de recebidos, passam a ter oportunidade de fazerem cursos de profissionalização e de internação em comunidades terapêuticas.