A pré-candidata à presidência da República Marina Silva (Rede) recebeu apoio de um grupo de pastores evangélicos que se distanciam das bandeiras defendidas pelo grupo de parlamentares da bancada evangélica.
Na última sexta-feira, 13 de julho, Marina se reuniu com um grupo de pastores das igrejas Presbiteriana, Batista e Metodista, e fez um discurso em defesa do Estado laico. Todos os líderes religiosos presentes já a apoiaram em pleitos passados, quando a ex-senadora alcançou o terceiro lugar na disputa.
“Tenho a felicidade de ter o voto de evangélico, voto de católico, voto de espírita, voto de quem crê e voto de quem não crê. Porque eu me dirijo aos cidadãos brasileiros e respeitando a fé de cada um e, sobretudo, não negando também minha identidade”, afirmou Marina Silva, no encontro realizado no templo da Primeira Igreja Presbiteriana de São Paulo.
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De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, os pontos do discurso de Marina Silva que mais foram aplaudidos pelos pastores foram a defesa do Estatuto do Desarmamento, o fim do foro privilegiado, mandato presidencial de cinco anos sem reeleição e a mudança para o voto distrital misto nas eleições parlamentares.
Seu principal articulista entre o grupo de pastores, Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), declarou que Marina Silva é a melhor alternativa contra Jair Bolsonaro (PSL) e o extremismo dos partidos de esquerda: “Ela é uma trégua para um país dividido”, disse Kivitz, que tem sido um dos conselheiros da ex-senadora.
Caio Fábio, da igreja Caminho da Graça, também declarou apoio a Marina Silva, embora não tenha estado presente no encontro. “Os que apoiam o Bolsonaro apoiam por razões simplistas, são pessoas profundamente homofóbicas. O pessoal que entende, pensa e escolhe sem fanatismo não é minion da Marina, são pessoas modestas e tranquilas, uma multidão enorme que vai crescer avassaladoramente nos próximos dois meses”, previu o reverendo.