Um pastor e prefeito em uma cidade do Reino Unido revelou que foi forçado a renunciar a seu cargo depois que a militância LGBT passou a fazer ataques contra sua família e igreja, com agressões contra sua postura conservadora sobre sexualidade e casamento.
Richard Smith (no centro da foto) era prefeito de Ferryhill e conselheiro do condado de Durham (uma posição similar a vereador, mas compatível com outro cargo público por conta da diferença de estrutura de poderes do Reino Unido em comparação com o Brasil). Ele renunciou na última semana à chefia da prefeitura por pressão de grupos LGBT.
Segundo informações do portal The Christian Post, grupos de apoio ao pastor e ex-prefeito se reuniram na cidade para expor os excessos da militância LGBT. Na ocasião, Smith revelou que sofreu assédio online e acusações de homofobia e islamofobia por conta de suas manifestações que definiam casamento como a união entre um homem e uma mulher.
“Conselheiro Smith não postou nada ilegal. Ele é um pastor de uma igreja e nada do que ele disse contradiz o ensino da Bíblia. Um lobby agressivo está determinado a distorcer essas visões, tirá-las do contexto, e finalmente silenciar e remover qualquer um que adere a eles”, disse Andrea Williams, diretora executiva da Christian Concern, entidade de defesa da liberdade religiosa.
“Smith serve como um pastor local e político, motivado por sua fé e amor pelas pessoas de sua comunidade. Que tipo de sistema o expõe a isso?”, questionou Williams.
Smith, que foi eleito prefeito de Ferryhill em maio, é pastor da Emmanuel Christian Fellowship em Ferryhill desde 2003. Ele escreveu em uma carta renunciando ao mandato e expressando “profunda tristeza”.
“Nas últimas semanas, tenho sido submetido a níveis sem precedentes de publicidade negativa, publicidade que foi orquestrada para vantagem política e que ameaçou tanto minha igreja, família e colegas”, disse o pastor.
Ele revelou que seu filho, um veterano da Guerra do Afeganistão que sofre de estresse pós-traumático grave, também foi alvo dos ataques, o que o deixou com pouca escolha a não ser demitir-se a fim de proteger sua família. “Está tão ruim que agora envolvi a polícia”, acrescentou o pastor.
“Ter negada a oportunidade de ter opiniões pessoais nunca foi minha expectativa quando assumi o papel de prefeito da cidade, e é uma questão de sincero pesar para mim que essas opiniões pessoais tenham sido tão tragicamente e escandalosamente distorcidas e relatadas a fim de descrédito, a mim e à minha fé”, salientou Smith.
Ele disse que, embora esteja deixando o cargo de prefeito, irá permanecer como membro do conselho e participar dos esforços para beneficiar sua cidade. “Confio que minha renúncia agora ponha fim à vingança que está sendo travada contra mim, minha família, Igreja e colegas. Minha fé em Cristo é o que me leva a ajudar as pessoas independentemente de sua fé, cor, cultura, sexualidade ou persuasão política”, pontuou.
“Eu nunca deixei as convicções da minha fé ditarem quem recebe a minha ajuda ou a ajuda da Igreja, sempre foi o Amor de Deus que é encontrado em Cristo Jesus, um amor que é cheio de Misericórdia e Graça […] Pessoas que realmente conhecem a mim e [minha esposa] Lauraine e a Igreja podem realmente comentar sobre o quão carinhosamente temos trabalhado para ajudar e prover os necessitados. Isso agora foi dizimado pela turba da minoria junto com aqueles que desejam marcar pontos políticos e que têm uma fobia de Deus”, concluiu.
A BBC News informou que o artista drag queen Tess Tickle foi uma das principais vozes a se manifestar contra Smith e liderou o ato político nas redes sociais, para acusar o pastor de homofobia. “Fiquei totalmente chocado e descrente pelo fato de o prefeito de Ferryhill ter postado tanto ódio contra a homossexualidade, islamismo e pessoas transexuais”, disse Tickle em junho.
“Todo mundo tem direito a suas próprias opiniões e crenças. No entanto, compartilhar coisas em domínio público em uma posição de poder […] não é aceitável”, afirmou Tickle, que saiu em defesa dos seguidores do islã, mas não levou em conta que o Corão prega a morte aos homossexuais. “Eu pensei, isso precisa ser destacado. Mas a reação foi mais do que eu jamais pensei. Foi loucamente compartilhado”, acrescentou o drag queen, expondo parte da inconsequência de sua acusação.