O candidato a prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) afirmou que é preciso fazer uma reforma na educação “à luz da agenda LGBT”, atendendo às demandas dos ativistas gays.
O vídeo com a declaração mostra ainda o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ao lado de Freixo, assentindo às falas do colega de partido, que atualmente cumpre mandato como deputado estadual.
“No debate sobre educação, nossos educadores têm que ser formados à luz de uma agenda LGBT, que não são. Esse é um debate pedagógico que a gente quer travar”, diz Freixo, em um evento voltado à militância LGBT.
O colunista do Gospel+ e editor do site Holofote, Paulo Teixeira, comentou as afirmações de Marcelo Freixo: “A esquerda aos poucos vai mudando a sociedade sem que ela perceba, e isto começa pelas crianças e adolescentes”, afirmou.
Em seu artigo, Teixeira lembra que o Plano Nacional LGBT que o PT pretendia implementar previa a implementação de ações e práticas de Educação em Saúde nos serviços do SUS e de Educação em Saúde nas escolas com ênfase na orientação sexual e identidade de gênero.
“Outros quesitos que defende essa agenda? União de duplas gays; ‘kit gay”; adoção de crianças por duplas gays; e a ideologia de gênero, aquela onde menino pode usar saia como menina, etc”, acrescentou Teixeira.
Assista:
A ideia de moldar a educação à luz da agenda LGBT é uma estratégia antiga da esquerda e tem o PSOL como um dos protagonistas.
Em 2012, durante um debate nas comissões de Direitos Humanos e Educação e Cultura por ocasião do IX Seminário LGBT no Congresso Nacional, o ativista Márcio Retameiro, líder da igreja inclusiva Comunidade Metropolitana Betel, fala em “pegar em armas” para combater os evangélicos, se for preciso, porque vê “nesses desgraçados” um obstáculo intransponível para a implementação das ideias progressistas nas escolas. Confira:
Segundo turno
Freixo é o segundo colocado na disputa do segundo turno das eleições no Rio de Janeiro. O bispo Marcelo Crivella (PRB) lidera as pesquisas, com 63% das intenções de voto, de acordo com informações do Datafolha.
O próprio instituto reconhece que o voto dos evangélicos faz a diferença a favor de Crivella, já que esse público representa 33% do total de eleitores do Rio de Janeiro, e o candidato do PRB possui quase a totalidade dos votos dessa parcela da população.