Uma escola mantida por uma igreja episcopal em Manhattan, Nova York (EUA) está incentivando os alunos a deixarem de usar os termos “mãe”, “pai” e “pais” por considerar que as palavras fazem “suposições” sobre a vida familiar das crianças. No lugar, as crianças são incentivadas a usar os termos “adultos”, “gente”, “família” ou “tutores” como substitutos.
Em seu esforço pela ideologia de gênero, a escola quer que seus alunos substituam “meninos e meninas” por “pessoas”. Em vez de se alinharem como meninos e meninas, eles devem se alinhar em ordem alfabética ou por tipo de calçado.
Os alunos são instruídos a reagirem caso ouçam alguém dizendo “um menino não pode se casar com outro”, com uma frase já pronta: “As pessoas podem amar e se comprometer com quem quiserem, é sua escolha com quem se casar”.
O grau de progressismo incutido no ensino dos alunos visa, inclusive, a ressignificação da celebração do nascimento de Jesus Cristo: ao invés de “Feliz Natal”, usam “boas festas” ou desejam “ótima folga”.
No portal The Christian Post, o apologista Jim Denison publicou um artigo em que comenta o cenário de guerra cultural que vem sendo travado em cada aspecto da vida em sociedade, e alerta sobre o risco de todas essas imposições resultarem em um completo rompimento com as origens e tradições ocidentais.
“Quando vi essa história, presumi que fosse sobre outra escola altamente secularizada em guerra contra a moralidade judaico-cristã. Vários exemplos de tais conflitos estão nas notícias hoje em dia. Por exemplo, um currículo que está sendo considerado na Califórnia busca deslocar a cultura cristã e recomenda que os professores conduzam os alunos em uma série de canções e cânticos aos deuses astecas (que os astecas tradicionalmente adoravam com canibalismo e sacrifício humano, a propósito”), comentou Denison.
Progressismo infiltrado
O problema vem mais abaixo, pontuou o autor: “Acontece que a escola em Manhattan é Grace Church School. Um funcionário da escola explicou sua política linguística: ‘Como parte de nossa identidade episcopal, reconhecemos a dignidade e o valor comum à humanidade’. […] Existem dois tipos de ameaças em nosso mundo decaído: aquelas que podemos identificar e aquelas que não podemos”, lamentou.
“Concordo de todo o coração que devemos ‘reconhecer a dignidade e o valor comum à humanidade’. Todo ser humano é criado à imagem de nosso Criador (Gênesis 1:27) […] No entanto, não ‘reconhecemos a dignidade e o valor comum à humanidade’ ao violar a palavra e a vontade de Deus para a humanidade”, declarou Jim Denison.
“A Escritura não apenas nos diz que somos amados por Deus (João 3:16) – também nos diz como viver melhor nossas vidas e como nos relacionarmos com os outros de maneira verdadeira e redentora. Quando alteramos ou rejeitamos a revelação bíblica sobre sexualidade ou qualquer outro assunto, por mais gentil que nosso motivo possa parecer, causamos muito mais mal do que bem. A Bíblia é comparada a uma bigorna – não quebramos a palavra de Deus; nós nos quebramos nela”, conceituou.