Uma cristã que trabalha como escrivã de um cartório da cidade de Morehead, no estado de Kentucky (EUA) foi presa após se recusar a emitir uma certidão de casamento a um casal homossexual.
Os homens recorreram à Justiça e o juiz federal David Bunning determinou a prisão de Kim Davis por desacato à autoridade, após ela reiterar que não emitiria a certidão de casamento para homossexuais por causa de sua crença religiosa.
Em lágrimas, ela explicou durante a audiência que não seria possível para ela cumprir a ordem por causa da sua fé: “Minha consciência não vai permitir isso. A lei moral de Deus me convence e gera conflitos com os meus deveres”, afirmou.
O juiz lamentou a postura da escrivã: “Eu não faço isso de ânimo leve”, disse ele ao anunciar a prisão de Kim: “É necessário neste caso”.
Kim Davis agradeceu a forma como o juiz ouviu sua versão e decidiu sobre o caso, sem desrespeitar sua crença religiosa: “Obrigado, juiz”, disse ela, enquanto saía escoltada da sala.
Insatisfeita com a prisão, a entidade American Civil Liberties Union (ACLU) expressou seu desejo de que o juiz aplicasse multas à escrivã até o momento em que ela deixasse de se recusar a emitir as certidões de casamento para homossexuais. O juiz contra argumentou afirmando que isso não a punição não a faria obedecer a regularização do casamento gay, pois outras pessoas que pensam como ela a ajudariam a pagar as multas.
Um exemplo da teoria do juiz é que enquanto Kim Davis era julgada, manifestantes que apoiam sua postura se reuniram em frente ao Palácio da Justiça para expressar insatisfação com a nova lei.