Os terroristas do Estado Islâmico reivindicaram a autoria do atentado que ceifou dez vidas e deixou outras cinco pessoas feridas em uma igreja na capital do Egito, Cairo, na última sexta-feira, 29 de dezembro.
O incidente ocorreu na igreja cristã copta Mar Mina, localizada no distrito de Helwan, uma região da cidade que tem funcionado de refúgio para os militantes do Estado Islâmico. Dois homens armados invadiram o templo durante uma celebração e abriram fogo.
Testemunhas afirmaram que os fiéis tentaram fechar a porta do templo, sem sucesso. Muitos destes que tentaram impedir o ataque caíram mortos, incluindo dois policiais que faziam a segurança do local, destacados em uma megaoperação de segurança. Um dos terroristas foi morto pela Polícia, totalizando dez mortos.
Raouth Atta, um cristão copta que estava no templo, disse que a congregação estava em oração no momento do ataque: “As pessoas estavam aterrorizadas. Nós ficamos fechados lá dentro por uns 30 minutos antes de abrirem as portas para sairmos”, acrescentando que havia sangue espalhado “por toda parte” no templo.
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Agências internacionais relataram que um dos militantes do Estado Islâmico carregava explosivos, mas não conseguiu detoná-los. Depois do incidente, a área no entorno da igreja foi fechada e um terceiro suspeito foi preso tentando escapar do cerco. Nas redes sociais há vídeos mostrando um homem algemado no chão, com a jaqueta repleta de munição.
De acordo com informações do portal DN, o Estado Islâmico divulgou um comunicado através de seu braço de propaganda, a Amaq, dizedendo que “um grupo de combatentes dependentes do EI realizou um ataque contra a igreja de Mar Mina”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou para mandatário egípcio para expressar condolências pelas mortes: “O presidente Donald Trump falou hoje [sexta-feira] com o presidente Abdel Fattah al-Sisi, para expressar condolências ao povo do Egito depois do ataque contra os fiéis e forças de segurança da cidade de Helwan”, informou a Casa Branca.