Uma nova execução bárbara de cristãos, perpetrada pelo Estado Islâmico, foi anunciada pelo grupo terrorista no último domingo, 19 de abril. No vídeo, um porta-voz dos extremistas diz que a perseguição aos seguidores de Cristo continuará até que se convertam ao islamismo.
Segundo as agências internacionais, a autenticidade do vídeo ainda está sendo avaliada, mas o material segue os padrões de propaganda usados anteriormente. Nele, é possível presumir que 30 cristãos foram assassinados decapitados ou com um tiro na cabeça.
“Nossa batalha é a batalha entre a fé a blasfêmia, entre a verdade e a falsidade […] O derramamento de sangue muçulmano nas mãos da religião de vocês não é barato […] Os inimigos do Estado Islâmico não estão a salvo nem em seus sonhos, até que adotem o islã”, afirmou o terrorista, vestido de preto, mascarado e com uma arma na mão.
O vídeo mostra o símbolo da Al-Furqan, uma espécie de assessoria de imprensa do Estado Islâmico, e mostra os fiéis “seguidores da cruz da inimiga Igreja etíope” sendo executados. O primeiro grupo de cristãos assassinados é formado por 15 pessoas, que são decapitadas numa praia. No segundo grupo, outros 15 são executados numa área desértica.
Com 29 minutos de duração, o vídeo mostra alguns dos cristãos que foram mortos explicando que os integrantes do Estado Islâmico ofereceram a chance de ficarem vivos em troca de negarem a Jesus, mas eles recusaram. A segunda opção era pagar uma multa, e eles optaram por dar dinheiro aos extremistas muçulmanos.
Essa é a primeira vez que o Estado Islâmico filma e divulga o assassinato de cristãos etíopes. A Etiópia é um país africano de maioria cristã, em sua maioria, da Igreja Ortodoxa Copta, que está estabelecida na África Oriental desde o século I. Muitos etíopes migram de seu país em busca de trabalho na Europa, e para isso, passam pela Líbia, onde podem ter sido capturados pelos terroristas.