As denúncias de perseguição religiosa contra cristãos feitas por líderes como o papa Francisco e o pastor Franklin Graham, dentre outros, e ignoradas pela grande mídia, ganharam atenção de um parlamentar sueco, que classificou a ação de extremistas muçulmanos, como o Estado Islâmico, de genocídio.
Lars Adaktusson, do partido Democrata-Cristão da Suécia, publicou uma carta aberta afirmando que há evidências claras de que o Estado Islâmico quer erradicar todos os cristãos dos territórios que ocupou na Síria e no Iraque.
A carta, publicada no jornal sueco Svenska Dagbladet, pede aos países-membros da União Europeia que reconheçam os contornos de genocídio que a perseguição religiosa perpetrada contra cristãos ganhou nos últimos anos no Oriente Médio.
O parlamentar fez questão de lembrar as “ações letais [do Estado Islâmico] contra os cristãos no ano passado, as quais inclusive forçaram todos os cristãos a fugir da cidade iraquiana de Mosul, tendo suas casas marcadas com a letra do alfabeto árabe correspondente ao ‘N”, a qual faz menção a Nazaré, cidade onde Jesus cresceu e foi criado”.
Adaktusson frisou que “assim como seus irmãos cristãos na Síria, os habitantes de Mosul fugiram do massacre brutal e mortal, promovido pelo Estado Islâmico” para salvar suas vidas e tradições religiosas. “Quando confrontados com a ordem da patrulha de terroristas, para escolherem entre o pagamento de um imposto abusivo, se converter ao islamismo ou a decapitação, um desenraizamento, a dramática fuga era a única saída”, acrescentou.
“Com igrejas de Mosul sendo esvaziadas, não havia mais cultos naqueles templos e, pela primeira vez em 1.700 anos, os sinos das igrejas foram silenciados. As pessoas fugiram, deixando suas casas, suas propriedades e suas tradições cristãs, mas também um patrimônio cultural de valor inestimável”, concluiu, lamentando.