O Estado Islâmico divulgou um vídeo anunciando a decapitação de um grupo de cristãos egípcios que haviam sido capturados semanas atrás.
O grupo de fiéis cristãos coptas aparece vestido com roupa laranja em uma praia de Trípoli, capital da Líbia. Ajoelhados, os reféns aparecem algemados com as mãos para trás e já decapitados pelos terroristas, vestidos de preto.
“Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz”, diz o título do vídeo, que segundo o Estado Islâmico, seria uma mensagem aos “seguidores da hostil Igreja egípcia”.
Os homens que foram mortos pelo Estado Islâmico fariam parte de um grupo de 21 fiéis egípcios capturados há algumas semanas. O anúncio da captura foi feito através de uma publicação online dos terroristas, chamada “Dabiq”.
O episódio foi considerado uma barbárie pela instituição sunita Al-Azhar, renomada entidade teológica do islamismo. Com sede no Cairo, a Al-Azhar goza de amplo respeito no mundo muçulmano.
Para os membros da direção da Al-Azhar, é necessário reagir aos extremismos do grupo radical. No entanto, a fórmula escolhida pelos teólogos muçulmanos foi a mesma do grupo terrorista: de acordo com informações da agência France Presse, a entidade convocou todos os muçulmanos a “matar e crucificar os terroristas do Estado Islâmico”.
No comunicado, a direção da entidade diz os atos de selvageria cometidos pelos terroristas não têm respaldo religioso: “A Al-Azhar insiste em que atos bárbaros como este não têm nada a ver com nenhuma religião, seja ela qual for”, criticou a instituição.
O Estado Islâmico tem crescido numericamente de forma avassaladora, e já se faz presente em diversas áreas do Oriente Médio. O projeto dos terroristas é formar um governo islâmico em toda a região, chamado de califado, com leis baseadas em suas interpretações da sharia, um conjunto de regras da religião muçulmana.