Naser Navard Gol-Tapeh, que completou 57 anos em agosto desse ano, está preso em um campo de concentração na República Islâmica do Irã, especificamente em uma prisão considerada a “fábrica de tortura” do país. Apesar disso, ele divulgou uma carta testemunhando sua fé em Deus e questionando as autoridades do seu país.
“Seria possível para um cristão comprometido — que nasceu e foi criado no Irã e cujos antepassados viveram nesta terra por milhares de anos, e que é um servo do Deus que o chamou para um ministério de reconciliação — agir contra a segurança nacional de seu próprio país?”, escreveu Navard na carta.
Ele foi condenado a 10 anos de prisão por “atividades missionárias”. Ou seja, por supostamente tentar converter pessoas ao cristianismo. Entretanto, Navard explica que ele e seus irmãos em Cristo faziam nada mais do que se reunir para adorar o Senhor, estudar a Bíblia e congregar.
“A comunhão de alguns irmãos cristãos na casa de alguém, cantando canções de adoração, lendo a Bíblia e adorando a Deus, seria agir contra a segurança nacional?”, continua Navard, dirigindo-se as autoridades responsáveis por sua prisão.
O Governo iraniano acusou Navard falsamente, já que nenhuma prova criminal foi obtida contra ele. O Ministério da Inteligência do país disse ter evidências contra o cristão, mas seus advogados disseram que não tiveram acesso aos documentos. Isto é, tudo indica que tais provas não existem
Navard se encontra na Prisão de Evin desde novembro do ano passado, local considerado um lugar de tortura no Irã. Outros 15 cristãos estão presos com ele por motivos semelhantes. Apesar da condição extrema, o fiel seguidor de Jesus disse que se está preso pela fé, é porque Deus permitiu tal condição.
“Louvo a Deus porque Ele transformou todas as coisas em uma bênção. Porque agora está claro para todos, incluindo as autoridades da prisão, juízes, advogados e meus companheiros de prisão, que estou na prisão por causa da minha fé em Jesus Cristo”, escreveu ele, destacando que sua prisão “só servirá para espalhar ainda mais o Evangelho”.
Por fim, Navard agradece aos irmãos em Cristo que oram por ele em várias partes do mundo. Ele sabe que essa mobilização lhe dá forças e esperança para o futuro. “Eu sei que por causa de suas orações e da ajuda e orientação do Espírito Santo eu serei entregue e não serei envergonhado”, conclui na carta, segundo a Portas Abertas.