A crise imigratória atravessada pelo continente europeu, que diariamente recebe milhares de refugiados de áreas em guerra ou dominadas por grupos extremistas, como Estado Islâmico e Boko Haram, no Oriente Médio e África, ganhou um triste capítulo de perseguição religiosa. Um grupo de muçulmanos que viajava rumo à Itália foi indiciado pela morte de 12 cristãos que estavam na mesma precária embarcação.
Ao chegarem à Itália, os sobreviventes da travessia pelo Mar Mediterrâneo relataram o crime às autoridades, e o grupo de muçulmanos foi indiciado por “homicídio múltiplo agravado devido a ódio religioso”, segundo informações do site português Expresso.
Os imigrantes viajavam em um grupo de 105 pessoas a bordo de um bote de borracha. No meio da viagem, 15 muçulmanos se reuniram para lançar os cristãos ao mar, o que resultou na morte de 12 deles.
Os demais cristãos que estavam na embarcação se juntaram e fizeram uma espécie de “corrente humana”, o que impediu que outros fossem jogados ao mar e pudessem enfrentar o ataque odioso dos muçulmanos. De acordo com os sobreviventes, os cristãos assassinados eram nigerianos e ganeses.
Os suspeitos estão sendo mantidos presos em Palermo, e são oriundos da Costa do Marfim, Mali e Senegal.
A viagem foi iniciada na Líbia e terminou por ser interceptada por um barco da Marinha italiana, que transferiu os passageiros para um navio do Panamá. Essa embarcação concluiu o trajeto dos imigrantes até o porto de Palermo.
A iniciativa de resgatar os imigrantes vem sendo tomada pelas autoridades italianas, com apoio da Comunidade Europeia, a fim de evitar novas mortes por afogamento após o naufrágio de diversas embarcações, devido às péssimas condições de manutenção.