No meio cristão é comum a concepção de evangelismo de forma segmentada, onde para cada tipo de circunstância um método diferente de abordagem é criado para alcançar outras vidas para o Reino de Deus. Talvez, para fins didáticos essa visão seja compreensível e necessária, mas em termos amplos apenas se distancie um pouco do que é a verdadeira essência do evangelismo.
O pregador canadense Todd White, conhecido por suas ministrações e meios alternativos de evangelizar, especialmente ao ar livre, comentou sobre a maneira como enxerga esse método, porém, desconstruindo a ideia de que se trata de uma abordagem específica.
Ele ensinou que a maneira como evangeliza é nada mais do que a forma como todo cristão deve viver, diariamente. “A primeira coisa que eu realmente quero destruir é a palavra ‘rua’. Eu não sou um evangelista de rua, nem você é”, disse ele.
“Se eu tentar dizer a uma mãe que levar seus quatro filhos para fazer compras, que agora ela se tornou uma evangelista de rua, ela me responderia: ‘Você já tentou levar quatro crianças para fazer compras?’. Mas se você ensinar as crianças dela sobre Jesus, sobre o que ele quer fazer através deles, as idas às compras se tornam incríveis”, explica Todd.
Todd ressalta que o evangelismo não deve ser encarado como um ato específico, mas como um estilo de vida natural da identidade cristã. Dessa forma, para ele isso é natural, não um método, mas sim a maneira como devemos enxergar cada circunstância do dia-a-dia.
“Nós queremos que isso seja normal. Evangelismo para nós não é [somente] nas ruas. Evangelismo para nós é quando para qualquer lugar que você vá, manifeste a Deus”, destaca.
“Isto é sobre Jesus, isto é sobre quando eu for fazer compras no mercado, vou levar Jesus comigo; quando eu for a um restaurante, vou levar Jesus comigo; quando eu estaciono em um restaurante e tem uma vaga para deficientes ocupada, provavelmente há alguém precisando de oração”, completa.
Objetivo da oração pela cura
Outro ponto importante abordado pelo evangelista Todd White é sobre o propósito das orações por cura. Acostumado a fazer isso, ele explica que a noção de “cura” não tem haver, necessariamente, com a restauração física, mas sim com a condição espiritual da pessoa diante de Deus.
“As pessoas pensam: ‘mas e se Deus não curar?’, mas eu penso:’e se ele curar?’. As pessoas pensam: ‘e se eu orar e nada acontecer?’, mas eu penso: ‘e se acontecer?”, disse ele, segundo informações do portal Guiame.
Todd afasta a noção de cura como resultado físico imediato. O objetivo da oração vai além disso.
“Vamos supor que você ore pelo pulso de alguém, mas não viu a cura total. Enquanto você saiu de perto daquela pessoa, ela entendeu que é amada pelo Pai e que você realmente se importa com ela. É disse que estamos em busca”, conclui o pregador.