José Genoino, ex-guerrilheiro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que também exerceu a função de presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), virou alvo de uma notícia-crime em decorrência de um ataque feito aos judeus no último sábado, durante a transmissão de uma live.
Na ocasião, Genoino reagiu à mobilização de empresários brasileiros que criticaram o apoio do governo Lula a uma manifestação da África do Sul, na qual o país africano acusa Israel de cometer “genocídio” na Faixa de Gaza.
Assim, o petista afirmou ser “interessante essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, disse ele, sugerindo ainda o corte nas relações do Brasil com Israel na área de segurança e defesa.
Antissemitismo
A fala do ex-presidente do PT repercutiu negativamente, tendo em vista o seu tom antissemita. Inicialmente, as primeiras reações partiram da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e da Federação Israelita do Estado de São Paulo, que emitiram notas a respeito.
O Conib lembrou que os judeus também foram vítimas da discriminação nazista na área comercial. “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, destacou a entidade.
Ambas as organizações classificaram a fala do petista como “criminosa” e “extremamente grave”, uma vez que estimula a discriminação contra os judeus, especialmente em um momento como o atual, onde Israel luta contra o grupo terrorista Hamas.
Além das notas, Genoino também poderá responder à denúncia apresentada pelo deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) ao Ministério Público Federal (MPF), segundo informações do UOL.
Isso, porque, de acordo com o parlamentar, o petista violou a Lei Antirracismo, a qual define como crime quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Não é a primeira vez que o ex-presidente do PT causa revolta entre os religiosos ou defensores da causa judaica. Em 2022, Genoino também foi acusado de perseguição religiosa ao sugerir uma “batalha” contra as igrejas. Veja abaixo:
“Clara perseguição religiosa”, diz Feliciano sobre fala de Genoino sobre igrejas