Viralizou nas redes sociais um vídeo em que um homem de 31 anos alega ser ex-membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa do país. O rapaz conseguiu chamar atenção ao dizer que está jurado de morte por abandonar a organização criminosa.
Em vídeos que já alcançaram milhões de visualizações no TikTok, Frank Willians de Paula Souza e Marques aparece prometendo revelar detalhes de como funciona o PCC. Ele também pede ajuda para deixar o país, lançando uma vaquinha para arrecadar fundos.
Segundo informações do Metrópoles, a vaquinha virtual já havia alcançado R$ 7.901,39, antes de ter sido, aparentemente, denunciada e retirada do ar. “Sou Frank, ex-integrante [do PCC], como sabem joguei tudo no ventilador e preciso urgente sair deste país, minha morte se aproxima cada dia mais”, diz ele.
“Eu era a sintonia geral da lista negra dos estados internos e externos. Tinha planilhas, dados de muitos integrantes. Sei como funciona, então não aceitaram que eu saísse”, explica o rapaz.
Frank disse que estaria vivendo escondido, e que o seu objetivo com a gravação dos vídeos seria alertar outros jovens sobre os perigos do crime organizado, a fim de que eles não caiam na armadilha da promessa de dinheiro fácil.
“Vou morrer de qualquer jeito, daqui a pouco vão deixar outro cara igual a mim no lugar, outro Frank, que com 16 anos viu no crime uma oportunidade de ganhar dinheiro e sustentar a família”, conta o rapaz.
Histórico
Apesar de ter dito que já foi preso várias vezes, uma apuração do Metrópoles aponta que Frank foi preso apenas uma vez, por roubo qualificado, ficando atrás das grades por 12 dias entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014.
Além disso, o rapaz responde atualmente por estelionato, também já tendo sido detido ainda adolescente por tráfico de drogas. Em seus vídeos, Frank revelou quais seriam as únicas maneiras de abandonar o crime organizado.
De acordo com o suposto ex-membro do PCC, a saída da organização só é aceita em casos de problemas de saúde ou quando o criminoso se converte e decide ser membro de uma igreja. O rapaz enfatiza que, no caso da conversão, ela precisa ser genuína.
Segundo o rapaz, o criminoso convertido não pode apresentar uma vida dúbia, por exemplo, mantendo hábitos mundanos como vícios em drogas, cigarro ou bebida, caso contrário será “cobrado” pelos criminosos.
Frank ainda faz acusações graves envolvendo a classe política, dizendo que há conexão de vereadores, prefeitos e até um “senador” com o PCC. Segundo o suposto ex-integrante da facção, a organização criminosa vem se especializando em se infiltrar na máquina pública, a fim de corromper o Estado a partir de dentro. Assista um dos vídeos, abaixo:
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