Após uma investigação que teve início em 2016, a Polícia Federal realizou o desfecho de uma megaoperação na última quarta feira (21) que resultou na prisão de 10 pessoas suspeitas de colaborar com o tráfico de drogas administrado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) na cidade de Itaquaquecetuba, grande São Paulo.
Entre os presos estava o “pastor” de uma igreja evangélica, cujo nome e denominação não foram revelados, mas que segundo a Polícia Federal atuava no crime lavando dinheiro para a facção criminosa. Além do líder religioso, foram presos também um traficante da facção e o irmão dele, um corretor imobiliário e proprietários de concessionárias de carros e açougues.
O delegado Fabrízio Galli, um dos responsáveis pelo caso, deu detalhes de como era praticado o crime: “O dinheiro do tráfico era juntado ao dízimo na igreja que foi construída só para essa função. Donos de empresas de automóveis cediam carros para transportes de drogas. Os açougues faziam lavagem também. E a imobiliária alugava imóveis para a facção”, disse ele, segundo publicação do UOL.
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Segundo Fabrízio, os criminosos se aproveitavam de atividades comuns para tentar ocultar os crimes. Nesse caso, a igreja, na verdade, seria apenas um local de fachada para a real intenção dos traficantes, muito embora os membros possam ter sido atraídos pelo discurso religioso do líder.
Rodrigo de Campos Costa, outro delegado envolvido na operação, também confirmou a intenção dos criminosos: “Nós identificamos que tinha empresas no nome deles e identificamos também uma igreja (…) com um substancial elemento de que ela era utilizada como forma de lavagem de dinheiro”, disse ele segundo a Jovem Pan.
Foram 19 mandados de prisão em imóveis. Somados os crimes, a pena pode chegar a 31 anos de prisão por tráfico de drogas e associação com o tráfico.
Apesar dos integrantes do PCC serem os principais alvos, o envolvimento de uma suposta igreja evangélica e seu líder no esquema foi motivo de destaque em alguns canais de notícia.
Não obtivemos maiores informações sobre quem seria o suposto pastor e a sua denominação.