Cristãos em várias partes do mundo lutam contra diversos tipos de perseguição religiosa. Muitas vezes ela ocorre através de pessoas ligadas ao governo, por exemplo, como acontece nos países controlados pela ideologia comunista. Mas em outras ocasiões a intolerância vem da própria família.
Este é o caso de uma ex-muçulmana que agora luta contra a perseguição religiosa da própria família, e isso em plena pandemia do novo coronavírus.
Galia vive no Quirguistão, um país da Ásia Central, conhecido por ser o antigo trajeto comercial entre a China e o Mediterrâneo. Hoje ela tem 17 anos, mas há dois anos resolveu deixar o islamismo para seguir a Jesus Cristo.
Morando com o irmão e a sua cunhada, Galia, que não teve o nome verdadeiro revelado por razões de segurança, passou a enfrentar a perseguição religiosa promovida pelo próprio irmão, chegando a ser espancada por ele.
Para fugir das agressões físicas e psicológicas, a jovem cristão saiu de casa e foi morar por conta própria, após conseguir um emprego, mas por causa da pandemia os comércios fecharam e ela precisou retornar para a casa do seu irmão.
Hoje Galia vive sob clima de tensão constante, pois sabe que pode sofrer várias retaliações por por causa da perseguição contra a sua fé cristã, mas nada disso lhe impediu permanecer firme seguindo o Evangelho, inclusive tendo misericórdia para com a vida do seu parente.
“Pressionadas pelos muçulmanos, as autoridades do sul do Quirguistão estão oprimindo cada vez mais os protestantes”, reconhece a organização missionária Portas Abertas, explicando que essa perseguição religiosa existe no país por causa da própria doutrina islâmica.
“Pelo menos dois fatores fundamentam a atitude intolerante dos muçulmanos em relação àqueles que se convertem ao cristianismo: as exigências da lei islâmica, que exigem a punição de um muçulmano que abandonou sua fé; e o fato de que os convertidos ao cristianismo na Ásia Central são visto como pessoas que perderam sua identidade nacional”, diz a organização.