A perseguição religiosa na República Islâmica do Irã, país da Ásia Ocidental antigamente chamado de Pérsia, continua deixando marcas profundas, psicológicas e físicas em quem professa a fé no Senhor Jesus Cristo. Entre os perseguidos está o pastor Mohammadreza Omidi, condenado a 10 anos de prisão por “beber vinho” durante uma cerimônia da Santa Ceia.
A principal alegação do Governo iraniano contra os cristãos, de modo geral, é que eles conspiram contra a “segurança nacional” do país. Essas acusações, no entanto, são utilizadas para tentar justificar a ação das autoridades islâmicas contra o avanço do cristianismo no país.
O pastor Omidi, assim como outros, é um dos líderes da chamada “igreja doméstica”. Isto é, congregações que se reúnem nos lares e que aos poucos vão atraindo naturalmente outras pessoas da vizinhança. Quem participa e principalmente organiza esses encontros vive sob o risco constante de ser preso, torturado e até morto.
Além das 80 chicotadas por “beber vinho” durante uma ceia, o pastor Omidi também foi condenado a 10 anos de prisão, exatamente pela falsa acusação de “agir contra a segurança nacional”. Assim como ele, outro pastor chamado Yousef Nadarkhani também cumpre a mesma pena com base nessa acusação.
Condições brutais e desumanas
Uma pesquisa realizada pela organização Portas Abertas, dos nos Estados Unidos, listou uma série de agravantes da perseguição religiosa aos cristãos no Irã. No geral, cinco itens principais foram listados, sendo eles:
01 – Proibição do tratamento médico aos prisioneiros cristãos; 02 – Penalidades mais longas especificamente para os cristãos; 03 – A prática de tortura física e psicológicas, incluindo ameaças aos familiares dos prisioneiros; 04 – Recusa de disponibilizar qualquer tipo de literatura cristã e; 05 – Liberdade vigiada após a saída da prisão.
O local onde mais se pratica essas atrocidades é no presídio de Evin, também conhecido como a “casa de tortura” de Teerã. Organizações que apoiam os cristãos perseguidos pedem que os irmãos orem por eles, pedindo a Deus para que tenham forças e a coragem para continuar testemunhando o Evangelho, custe o que custar.