A história do pastor Yousef Nadarkhani possui um longo capítulo. Desde 2009 o líder cristão, o ex-muçulmano que abandonou o islamismo ao compreender a Verdade revelada pela Bíblia na pessoa de Jesus Cristo, vem lutando para ser absolvido das acusações promovidas pela intolerância religiosa do Irã, país que tem o islamismo como sua doutrina oficial de Estado.
Condenado a 10 anos de prisão em 6 de julho de 2017 por tentar organizar, legalmente, uma igreja evangélica em sua própria casa, Yousef Nadarkhani foi acusado de promover o “cristianismo sionista”, isto é, baseado na herança do Antigo e Novo Testamentos, reconhecendo Jesus Cristo como o Messias prometido.
Assim como Yousef, outros três líderes cristãos receberam a mesma sentença. Todos ex-muçulmanos. São eles Mohammad Reza Omidi, Yasser Mossayebzadeh e Saheb Fadaie.
Os advogados de defesa entraram com uma apelação no Tribunal Revolucionário de Teerã, pedindo a libertação dos cristãos, mas não obtiveram sucesso e a condenação foi mantida, conforme sentença publicada no último dia 2 de maio.
Às autoridades muçulmanas do Irã fizeram várias propostas ao longo dos anos para que o pastor Yousef abandonasse o cristianismo e voltasse para o islamismo. Chegaram a prender sua esposa e ameaçar a retirada da guarda dos seus filhos, como forma de pressionar o pastor, mas ele se manteve fiel ao Senhor Jesus e recusou todas às vezes.
A República Islâmica do Irã, como é reconhecida oficialmente a antiga região da Pérsia, ocupa a 10ª posição na lista mundial de perseguição religiosa elaborada pela organização Portas Abertas. A renúncia ao islamismo é considerada “apostasia” merecedora de punição, motivo pelo qual líderes como Yousef sofrem extrema perseguição religiosa.
A Portas Abertas pede aos cristãos em todo mundo que orem pelos quatros irmãos presos, para que Deus conforte suas famílias e para que “a Corte Revolucionária e os juízes do Irã parem de intimidar cristãos ex-muçulmanos e respeitem o direito de todos à liberdade de religião”.