Há várias formas de perseguição religiosa, especialmente contra os cristãos espalhados em várias partes do mundo. Nem sempre a perseguição ocorre através de atos brutais de violência, como infelizmente nos acostumamos a ver nos casos envolvendo os terroristas do Estado Islâmico, do Boko Haram e outros grupos extremistas islâmicos.
A perseguição religiosa também pode ser sistêmica. Isto é, envolver autoridades, a política e a cultura local. Este é o tipo de perseguição que utiliza os aparelhos do próprio Estado, ou seja, do governo, para oprimir uma determinada classe religiosa.
Em um certo país da Ásia Central, conforme noticiado pela organização Portas Abertas, que monitora os índices de perseguição religiosa em várias partes do mundo, esse tipo de perseguição está se tornando cada vez mais frequente. No último dia 19 de fevereiro, por exemplo, um grupo de ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo foram a julgamento e três líderes deles foram considerados culpados de “atividade religiosa ilegal”.
A pena da condenação foram multas no valor de mil dólares para cada, equivalente à R$ 3.255 reais. Acontece que a média salarial na cidade é de 150 dólares (ou seja, aproximadamente 487 reais) por mês. O não pagamento dessa sentença pode acarretar, então, na prisão dos cristãos ou mesmo novas sanções do governo.
Após o incidente, a polícia local também alertou para que outros cristãos interrompam suas atividades na região, confirmando, assim, o ambiente de perseguição religiosa sistêmica sob a tutela do governo.
“Ore para que esses cristãos perseguidos tenham liberdade para orar, adorar, ter uma Bíblia e outros materiais cristãos e também se reunir como corpo de Cristo e pregar o Evangelho”, pede a organização Portas Abertas, apelando também para as autoridades locais:
“Interceda também para que as autoridades sejam tolerantes com os cristãos, principalmente os ex-muçulmanos”.
Em todo mundo, a perseguição religiosa sistêmica aos cristãos ocorre de várias formas e a cultura é um dos meios mais evidentes. Aqui no Brasil também não estamos livres dela, e o “politicamente correto”, inibidor de muitas pregações francas acerca do pecado a luz da Bíblia, é um exemplo constante dessa realidade.