O atual ministro da Defesa da Síria, o general Dawoud Rajiha, é cristão ortodoxo. Ele é ex-comandante das Forças Armadas do país e, como a quase totalidade dos cristãos sírios, apóia o regime de Bashar al-Assad.
De acordo com Gustavo Chacra, do Estadão, tal apoio se dá porque chegada da oposição ao poder, na visão deles, poderia culminar no fim do cristianismo sírio.
O exército sírio é acusado pelo massacre de 108 pessoas em Houla. Investigadores da ONU dizem que a maioria das vítimas foram executadas, e testemunhas acusam milícias aliadas do governo pelos crimes. Porém Assad, em um pronunciamento oficial, negou a participação de seu exército no caso e alega que “grupos armados” foram responsáveis pelas mortes em Houla, com o objetivo de forçar uma intervenção externa na Síria.
Segundo Chacra, os cristãos que apóiam o governo sírio desviaram suas atenções dos acontecimentos no país e focaram sua preocupação nos acontecimentos do Egito, onde a Irmandade Muçulmana e os salafistas começam a impor suas políticas no Cairo e em Alexandria.
“Nas missas em Bab Touma, aos domingo, os cristãos sírios encontram os cristãos caldeus, do Iraque. Estes afirmam que viviam bem nos tempos de Saddam Hussein, quando o vice-presidente era Tariq Aziz, um cristão. Quando começou a guerra, quem os acolheu foi Assad, não as monarquias islâmicas do Golfo Pérsico”, comentou o jornalista.
O governo sírio é apoiado também pelos cristãos ortodoxos da Rússia, conforme sinalizou o The New York Times na última semana.
Fonte: Gospel+