O filme “Êxodo: deuses e reis” estreou no último final de semana liderando as bilheterias nos Estados Unidos e Canadá. No Brasil, o filme estreia no dia 25 de dezembro, aproveitando o feriado de Natal.
O longa-metragem conta a história da libertação do povo hebreu, que estava cativo no Egito e é liderado por Moisés rumo à Terra Prometida. Críticos de cinema têm elogiado a atuação de Christian Bale, intérprete do líder hebreu, e de Joel Edgerton, que deu vida ao faraó Ramsés.
Dirigido pelo consagrado diretor Ridley Scott, o conjunto total do filme não tem empolgado os críticos, que acusam o roteiro de ser superficial dentro do que os relatos bíblicos e os registros históricos egípcios permitiriam fazer.
“Se há algo de significativo em ‘Êxodo: deuses e reis’ é uma realização sensacional onde em muitos momentos se vê a mão de um mestre da composição. Ressaltemos especialmente a batalha dos hititas, as 10 pragas e o milagre da passagem do mar. No entanto, o filme se ressente de um roteiro superficial em relação ao estudo das fontes históricas egípcias e bíblicas, com desequilíbrio e desproporção no relato, na falta de dramaticidade dos personagens secundários e na desorientação da temática de fundo. Vê-se que a acumulação de roteiristas, inclusive do sobressalente Steven Zaillian – de quem devemos destacar Tempo de Despertar (1990), A Lista de Schindler (1993) e Gangues de Nova York (2002) – não é sinônimo de acerto”, publicou o site espanhol Religión Digital.
Os embates entre Moisés e o faraó Ramsés foram destacados como pontos positivos do filme, assim como o diálogo entre o líder hebreu e Deus (interpretado por um menino) durante o episódio da sarça ardente.
É possível que as representações usadas por Scott para ilustrar as passagens bíblicas sejam alvo de crítica por líderes evangélicos de todo o mundo, assim como aconteceu com o filme “Noé”, de Darren Aronofsky.