Um novo sequestro de meninas cristãs na Nigéria por parte dos extremistas islâmicos do Boko Haram agravou ainda mais a situação do país, que atravessa grave crise social por conta dos ataques terroristas.
O sequestro mais recente aconteceu no dia 04 de maio, e os radicais muçulmanos levaram desta vez um grupo de adolescentes que pode variar entre oito e onze meninas.
De acordo com informações da Missão Portas Abertas, os extremistas invadiram a vila de Warabe, próximo a Gwoza, no estado de Borno, e abriram fogo contra as casas. Após os disparos, o grupo terrorista raptou oito meninas que viviam no local. Relatos dos moradores dão conta de que na fuga, os extremistas do Boko Haram passaram por uma vila vizinha e levaram mais três meninas.
Esse sequestro soma-se ao anterior, acontecido em 14 de abril, quando mais de 200 estudantes foram sequestradas de uma escola. Nesse grupo, ao menos 165 meninas eram cristãs.
No último dia 05 de maio, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, publicou um vídeo admitindo o rapto das meninas, disse que as havia convertido ao islã, e mostrou uma parte delas vestidas com trajes típicos muçulmanos, recitando uma prece islâmica.
“Eu sequestrei as garotas. E vou vendê-las no mercado em nome de Alá”, disse Shekau. “Vou vendê-las como escravas em nome de Alá. Há um mercado onde vendem seres humanos”, acrescentou o terrorista.
Boko Haram é um termo usado para afirmar que “a educação ocidental é pecado”, e o grupo defende a transformação da Nigéria num estado islâmico. “Eu disse que a educação ocidental tem que parar. As garotas devem sair da escola e casar. Eu poderia casar com uma menina de 12 anos; até mesmo uma de nove anos poderia casar comigo”, afirmou Shekau, de acordo com informações da agência de notícias France Presse.